Renata Castro foi assassinada em Magé na manhã desta sexta-feira - Reprodução
Renata Castro foi assassinada em Magé na manhã desta sexta-feiraReprodução
Por O Dia
Rio - A Baixada Fluminense já registrou, durante o período eleitoral, três mortes relacionadas a política em menos de um mês. Nesta sexta-feira, uma mulher, identificada como Renata Castro, 38 anos, foi executada com pelo menos 14 tiros na porta de casa, no bairro Fragoso, em Magé. De acordo com as primeiras informações, ela era conhecida por publicar vídeos em suas redes sociais denunciando e criticando a situação da cidade. A vítima era simpatizante da família Cozzolino, que esteve no comando da Prefeitura de Magé em diferentes mandatos.
Em entrevista ao DIA, uma pessoa que preferiu não ser identificada, alegou que Renata sempre foi ligada ao governo do Rafael Tubarão, o atual prefeito da cidade. "Ela tinha contato com ele, só que de um tempo para cá, ela começou a fazer vídeo-denúncia com coisas que não achava certo. Ela falava tudo o que tinha que falar mesmo, apontava o dedo, não tinha medo. Obviamente foi uma execução política que está mexendo muito com a cidade. Ela era uma pessoa muito querida. Os vídeos que ela fazia estavam viralizando."
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Uma fonte ligada à investigação também relatou que Renata estava se expondo muito em relação aos vídeos que gravava e divulgava em seus perfis.
"Ela falava e fazia acusações a muitos políticos da cidade e pessoas envolvidas em esquemas de fraude como os desvios de saúde denunciados no mês passado. Ela era uma pessoa polêmica e explosiva. Muitas pessoas a alertaram para o risco que corria por fazer acusações."
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Já no dia 11 deste mês, Domingos Barbosa Cabral, de 57 anos, foi morto a tiros no bairro do Cabuçu, em Nova Iguaçu. Ele era filiado do Democratas (DEM). O candidato a vereador foi alvejado por diversos disparos, realizados por homens com toucas ninjas, por volta das 18h30, enquanto estava num bar. Domingão, como era conhecido na região, chegou a ser encaminhado para a UPA de Cabuçu, porém não resistiu aos ferimentos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) foram acionados para acompanhar a vítima, e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso.

No dia 1, Mauro Miranda da Rocha, de 41 anos, também candidato a vereador em Nova Iguaçu, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), foi morto a tiros no Bairro Rancho Fundo. O político levou tiros na cabeça, braço e peito. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na chegada ao Hospital Geral de Nova Iguaçu.

Principal alvo dos disparos feitos pelos criminosos , o político já havia sido preso por porte ilegal de arma de calibre permitido. No dia 7 de outubro de 2015, ele teve o Honda Civic que dirigia interceptado por policiais mlitares, na Estrada de Adrianópolis, no Bairro Corumbá, em Nova Iguaçu. Ao revistar o veículo, os policiais encontraram uma pistola embaixo do banco do carona.