Padre Pedro Paulo celebra missa para os pesquisadores da Fiocruz no Cemitério da Penitência  - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Padre Pedro Paulo celebra missa para os pesquisadores da Fiocruz no Cemitério da Penitência Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O Dia de Finados no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio, foi marcado por homenagens na manhã desta segunda-feira. A primeira missa campal foi celebrada às 7h30 da manhã por Dom Orani João Tempesta. 
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O cardeal abriu a celebração com uma mensagem as pessoas que perderam seus entes queridos, especialmente, às famílias vitimadas pela covid-19 e que não puderam velar seus entes queridos: “Hoje, fazemos uma oração pelos que se foram, mas também uma celebração de esperança representada pela pira com a Chama da Esperança que servirá como uma luz para que pesquisadores da Fiocruz cheguem a vacina contra o novo coronavírus. Sabemos que a vida não termina para sempre. Seus corpos partiram, mas a vida continua para a eternidade”.
Dom Orani também lembrou dos profissionais de saúde que se foram vítimas da covid e pediu orações por médicos, enfermeiros e demais profissionais que atuam na área de frente nesse momento de pandemia.
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Na missa das 11 horas, celebrada pelo Padre Pedro Paulo, uma vela foi acesa na pira Chama da Esperança e entregue para a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. O religioso destacou que a pira representa a luz divina para que a descubra a cura para a covid-19.  Ele afirmou que "fé sem ciência é um horror". "A ciência é muito importante, eu tenho muita pena como professor de imaginar que nós estamos longe de uma formação científica no Brasil. Passa o primeiro grau, o segundo grau e essa garotada sai sem saber a grandeza da ciência", declarou durante a celebração. 
A presidente da Fiocruz agradeceu a confiança na instituição. "A Fiocruz levará essa chama para nos acompanhar para simbolizar o trabalho da Ciência, o trabalho do Sistema Único de Saúde", finalizou Nisia. A célula da Chama da Esperança seguiu para a Fiocruz em um lampião de vidro e, assim como a pira do cemitério, ficará acesa até a descoberta oficial de uma vacina contra a Covid 19. A chama simbólica será entregue ao conselho diretivo da entidade.
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O dia de celebração foi encerrado com uma missa campal comandada pelo Padre Pedro Paulo às 15 horas. Cerca de duas mil pessoas visitaram o cemitéro no dia de hoje – 90% a menos do que o dia de finados no ano passado. Esse ano, o horário de visitação no local também foi reduzido em uma hora por conta da pandemia. A administração do cemitério tomou medidas restritivas para evitar o contágio pelo novo coronavírus,
“Todas as nossas missas foram realizadas ao ar livre. Além disso, colocamos diversos dispensers de álcool 70, nos preocupamos com a medição de temperatura na entrada e pedimos distanciamento social e obrigatoriedade do uso de máscara. Quem optou por não visitar o cemitério esse ano, a opção foi acompanhar todas as nossas atividades através das nossas redes sociais”, reforça o superintendente do Crematório e Cemitério da Penitência, Alberto Brenner Júnior.
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