Polícia Civil faz operação contra quadrilha que frauda cartões da Supervia - Reprodução Tv Globo
Polícia Civil faz operação contra quadrilha que frauda cartões da SuperviaReprodução Tv Globo
Por O Dia
Rio - Agentes da 20ª DP (Vila Isabel) realizam na manhã desta quarta-feira (4) uma operação contra uma organização criminosa suspeita de praticar crimes em estações da Supervia, fraudando cartões de passagens. As investigações indicam que a quadrilha causou prejuízo de cerca de R$ 15 milhões por ano à concessionária. 
A Polícia Civil visa cumprir 17 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo suspeito. Três criminosos foram presos em flagrante em uma estação da Supervia, segundo o delegado Cristiano Maia, titular da delegacia de Vila Isabel. 
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Os policiais identificaram o esquema criminoso após um intenso trabalho de inteligência. Os agentes monitoraram a movimentação do grupo e descobriram que a quadrilha atua com hierarquia e divisão de tarefas, em que os bandidos eram conhecidos por codinomes. Um deles é apontado como "Mágico", um especialista em tecnologia e responsável por "quebrar" a matriz ou chave de segurança dos cartões da Supervia, recarregar por meio de programa de clonagem e repassar para a revenda. 
A organização também contava com os chamados "Olheiros", que vigiavam a presença de policiais e dos próprios seguranças das estações para evitar abordagens. Já os "Cavalos" são responsáveis por comprar os cartões nas bilheterias das estações e entregá-los aos chamados “Gerentes”, que recebiam os cartões comprados e entregavam para o “Mágico” que, por sua vez, "quebrava" a matriz, clonava os cartões da Supervia e devolvia aos "Gerentes" que, em seguida, entregava aos "Cavalos"para a revenda nas estações, produzindo uma espécie de "ciranda" do crime.

Os integrantes do grupo criminoso foram identificados e as investigações continuam para verificar a participação de outros suspeitos, inclusive, em possível envolvimento com a milícia. Os acusados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e descaminho, cujas penas podem chegar a 18 anos de prisão.