Queiroz, que atuou como assessor e motorista de Flávio Bolsonaro - Reprodução
Queiroz, que atuou como assessor e motorista de Flávio BolsonaroReprodução
Por O Dia
Rio - Além do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), denunciou, nesta quarta-feira, mais 15 pessoas acusadas de participarem do pagamento de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa (Alerj). Duas das pessoas denunciadas são a mulher do senador, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e o chefe de gabinete dele, Miguel Ângelo Braga Grillo. 
De acordo com o MPRJ, a esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e suas filhas, Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz, que já foram lotadas no gabinete de Flávio, também foram denunciadas.
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No documento, protocolado no dia 19 de outubro, possui cerca de 300 páginas. Nele, Flávio é apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no gabinete do senador. Ambos foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em depoimento  prestado ao MP, Luiza Sousa Paes, ex-assessora do antigo gabinete do "01" na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), admite que nunca atuou como funcionária do filho do presidente Jair Bolsonaro e também afirmou que era obrigada a devolver mais de 90% do salário. Essa foi a primeira vez que um ex-assessor admite o esquema ilegal no gabinete do parlamentar.
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Após ser denunciado, o senador afirmou por meio de seus advogados que a denúncia "já era esperada, mas não se sustenta" e que a acusação "não passa de uma crônica macabra e mal engendrada".

Já a defesa de Queiroz disse que não tinha conhecimento da denúncia e que provará a inocência do de seu cliente. "A defesa de Fabrício Queiroz tomou conhecimento da notícia do oferecimento de denúncia pelo MPRJ, sem, no entanto, ter tido acesso ao seu conteúdo. Inaugura-se a instância judicial, momento em que será possível exercer o contraditório defensivo, com a impugnação das provas acusatórias e produção de contraprovas que demonstrarão a improcedência das acusações e, logo, a sua inocência."
A defesa de Luiza Paes também se manifestou sobre o ocorrido. 
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"É importante esclarecer que Luiza também é investigada - e agora acusada - sendo certo que o ordenamento legal lhe assegura o direito de apresentar qualquer versão que entenda como favorável à sua defesa, inclusive versão que não condiga com a realidade. É ainda mais importante lembrar que sua versão não tem valor probatório", dizia a nota.