Material apreendido em operação que mira torcida organizada do Vasco - Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Material apreendido em operação que mira torcida organizada do VascoReginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Por Beatriz Perez
Rio - Policiais civis da Delegacia do Aeroporto do Galeão cumpriram, na manhã desta quinta-feira, 18 mandados de busca e apreensão em endereços de treze membros da torcida organizada Força Jovem Vasco. O delegado Adriano França, titular da especializada, investiga se os torcedores envolvidos em uma briga no Aeroporto do Galeão no último dia 8 podem ser indiciados por associação criminosa.
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O confronto no Aeroporto Internacional Tom Jobim aconteceu na madrugada do dia 8 de outubro de 2020, entre dissidentes da torcida. O tumulto aconteceu durante a chegada da delegação do Vasco ao Rio de Janeiro após a derrota por 3 a 0 para o Bahia. Com as imagens de câmera de segurança, foi possível identificar os envolvidos. Agora, a polícia vai avaliar a conduta individual dos torcedores, que podem responder até por tentativa de homicídio.
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"O grupo foi pego praticando crimes como lesões corporais e até tentativa de homicídio porque teve gente no chão sofrendo vários golpes na cabeça. Essa operação de hoje foi pra robustecer provas por associação criminosa", explicou França na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio.
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A polícia cumpriu mandados contra treze torcedores e recolheu celulares e materiais da torcida. Com a quebra do sigilo telefônico, os policiais vão apurar se os membros se organizavam para realizar brigas e se portavam armas. "Vários desses torcedores já têm passagens pela polícia, até por homicídio, mas também pelo estatuto do torcedor, lesão corporal. As práticas são reiteradas, então isso pode configurar organização criminosa. No decorrer da investigação, as condutas vão ser analisadas", disse o delegado. Um dos membros da torcida é investigado por participação em um grupo de milícia.
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Um dos líderes dessa torcida não foi encontrado em casa na manhã desta quinta-feira no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. O advogado dele, no entanto, fez contato com a delegacia e se comprometeu a apresentá-lo para prestar depoimento. No âmbito desta investigação, já foram colhidos 25 depoimentos. 
Policiais civis da Delegacia do Aeroporto (DAIRJ) com apoio de outras delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) cumpriram mandados nas casas dos envolvidos para colher provas da participação do grupo nos crimes de Associação Criminosa Armada, Crimes do Estatuto do Torcedor, Lesões Corporais e outros.

Todo o material apreendido será analisado e, segundo o Delegado Titular Adriano França, as investigações prosseguem para a responsabilização destes torcedores, sendo que alguns dos investigados já possuem anotações criminais, inclusive por homicídios de outros torcedores, além de anotações pelos crimes do Estatuto do Torcedor, Porte Ilegal de Armas, Lesões Corporais e outros.