Barra da Tijuca - REPRODUÇÃO DE VÍDEO
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Por O Dia
Rio - Policiais militares e equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram uma ação na Lagoa da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira. Agentes do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) receberam denúncia de que uma rede de esgoto estaria sendo despejada no local, e procuraram condomínios ou centros comerciais do Jardim Oceânico que possam ter cometido crimes ambientais. A equipe marítima do Inea autuou uma empresa, e a equipe terrestre multou e notificou um centro comercial, uma unidade hospitalar e um condomínio residencial.
A ação conjunta contou com 22 policiais militares, nove agentes do Inea e outros quatro fiscais do Inea. Dois jet skis da Polícia Militar e uma embarcação do Instituto do Ambiente também foram destinadas ao local. Em nota, a PM afirmou que "denúncias recebidas informam que no local a rede de esgoto é despejada no sistema de drenagem de águas pluviais, sendo destinada ao canal da Joatinga e praia da Barra". A Ilha da Gigóia também pode ter sido afetada.
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Em nota, o Inea afirmou que "empresas e centros comerciais localizados no complexo lagunar da Barra da Tijuca foram alvo de fiscalização". Agentes multaram e notificaram um centro comercial, um condomínio e uma unidade hospitalar por "por lançamentos de efluentes; obstrução de atividade de fiscalização; operação sem licença ambiental e tratamento inadequado de lixo infectante". Os responsáveis serão conduzidos para a 16ª DP (Barra). 
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Biólogo: 'Chagas históricas'
Procurado pelo DIA, o biólogo Mário Moscatelli disse que considera ótima a inciativa de fiscalização do Governo do Estado nas lagoas e espera que ocorram muito mais de forma periódica, visando intimidar as ações dos "delinquentes ambientais", seja quem for.
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Além disso, Moscatelli também explicou que o problema do sistema lagunar envolve duas chagas históricas na cidade do Rio de Janeiro: crescimento urbano desordenado e falta de saneamento universalizado.
"O lançamento de esgoto nos rios e lagoas, já causa perda da biodiversidade de toda a região da baixada de Jacarepaguá, agravando potencialmente a presença de pragas. Outra questão é a produção de cianobactérias hepatotóxicas que escoam junto com o esgoto em direção à praia da Barra, transformando a questão ambiental também numa questão de saúde pública e econômica. Saúde pública pois compromete ainda mais a qualidade das águas da praia da Barra junto ao quebra-mar. Econômica pois afeta o principal ativo econômico e ambiental que são as praias", afirma o biólogo. 
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