A manhã desta quinta-feira começa com uma ação do #CPAm e #Inea na Barra da Tijuca, na #ZonaOeste do Rio, para verificar denúncias sobre crimes ambientais na lagoa da Tijuca.#PMERJ #AçãoIntegrada #PolíciaAmbiental pic.twitter.com/J4Vgiis2MF
— @pmerj (@PMERJ) November 5, 2020
Polícia faz ação para combater crimes ambientais em lagoas da Barra da Tijuca
Agentes receberam denúncia de que uma rede de esgoto estaria sendo despejada de forma irregular no local; Instituto Estadual do Ambiente também participa
Rio - Policiais militares e equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram uma ação na Lagoa da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira. Agentes do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) receberam denúncia de que uma rede de esgoto estaria sendo despejada no local, e procuraram condomínios ou centros comerciais do Jardim Oceânico que possam ter cometido crimes ambientais. A equipe marítima do Inea autuou uma empresa, e a equipe terrestre multou e notificou um centro comercial, uma unidade hospitalar e um condomínio residencial.
A ação conjunta contou com 22 policiais militares, nove agentes do Inea e outros quatro fiscais do Inea. Dois jet skis da Polícia Militar e uma embarcação do Instituto do Ambiente também foram destinadas ao local. Em nota, a PM afirmou que "denúncias recebidas informam que no local a rede de esgoto é despejada no sistema de drenagem de águas pluviais, sendo destinada ao canal da Joatinga e praia da Barra". A Ilha da Gigóia também pode ter sido afetada.
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Em nota, o Inea afirmou que "empresas e centros comerciais localizados no complexo lagunar da Barra da Tijuca foram alvo de fiscalização". Agentes multaram e notificaram um centro comercial, um condomínio e uma unidade hospitalar por "por lançamentos de efluentes; obstrução de atividade de fiscalização; operação sem licença ambiental e tratamento inadequado de lixo infectante". Os responsáveis serão conduzidos para a 16ª DP (Barra).
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Biólogo: 'Chagas históricas'
Procurado pelo DIA, o biólogo Mário Moscatelli disse que considera ótima a inciativa de fiscalização do Governo do Estado nas lagoas e espera que ocorram muito mais de forma periódica, visando intimidar as ações dos "delinquentes ambientais", seja quem for.
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Além disso, Moscatelli também explicou que o problema do sistema lagunar envolve duas chagas históricas na cidade do Rio de Janeiro: crescimento urbano desordenado e falta de saneamento universalizado.
"O lançamento de esgoto nos rios e lagoas, já causa perda da biodiversidade de toda a região da baixada de Jacarepaguá, agravando potencialmente a presença de pragas. Outra questão é a produção de cianobactérias hepatotóxicas que escoam junto com o esgoto em direção à praia da Barra, transformando a questão ambiental também numa questão de saúde pública e econômica. Saúde pública pois compromete ainda mais a qualidade das águas da praia da Barra junto ao quebra-mar. Econômica pois afeta o principal ativo econômico e ambiental que são as praias", afirma o biólogo.
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