
Os investigados, alvos da operação Rastreado, foram presos em flagrante com vídeos e/ou arquivos que retratam pornografia infantil, indicando fins sexuais com crimes previstos em artigos do Estatuto da Criança e Adolescente.
Os presos foram rastreados pela PF na internet por meio de ferramentas de inteligência artificial e outras técnicas de investigação cibernética.
Um dos presos, de 54 anos, vendia os vídeos em formato DVD em uma plataforma de e-commerce com descrição do seu conteúdo, indicando que alguns tinham sido produzidos no Brasil e outros na Europa, em cenários como reuniões familiares, festas, clubes e praias, contendo preço e forma de envio.
Já o outro, de 48 anos, tinha diversas contas na internet para transmitir e compartilhar arquivos de crianças exploradas sexualmente. Segundo os agentes, em apenas três meses, em meio à pandemia, o suspeito transmitiu aproximadamente 18 mil arquivos de violência sexual contra menores.
As ordens judiciais foram cumpridas para obter mais provas, bem como a participação de outras pessoas nos crimes ou envolvidas na divulgação e comercialização das mídias.
Todo o material apreendido será periciado para identificar as vítimas e outros suspeitos de participação nos crimes.
Os presos responderão pelos crimes previstos nos artigos 241, 241-A e 241-B, todos do ECA, além de outros que possivelmente virão à tona por conta da operação desta sexta, como a produção ou gravação dos vídeos, estupro de vulnerável e outros.
As penas previstas para os crimes podem chegar a oito anos de prisão.