Rio de Janeiro 14/08/2020 - Faixada do Hospital Universitario Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ). Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 14/08/2020 - Faixada do Hospital Universitario Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ). Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ afirmou, através de nota, que a partir do próximo dia 12, o hospital, especializado em pediatria, deixará de contar com alguns de seus médicos, por conta do fim do contrato de profissionais terceirizados. A partir do dia 2 de dezembro a situação pode piorar, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, biomédicos, farmacêuticos, técnicos de laboratório, de farmácia e de radiologia também ficarão sem contrato.
De acordo com a nota, estes profissionais foram contratados com orçamento emergencial destinado ao enfrentamento do coronavírus e com o fim de seus vínculos, o instituto não terá como arcar com os custos e terá que interromper alguns funcionamentos, como a emergência pediátrica, que vinha funcionando 24h. Os profissionais com mais de 60 anos e pertencentes ao grupo de risco seguem sem trabalhar, por conta da pandemia.
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O vice-diretor do instituto, Mário Marques, disse ao jornal extra que as dispensas já estão ocorrendo e espera que o problema seja revisto. "Estamos na expectativa de que estas coisas vão ser revistas, pois vai impor aos hospitais universitários um prejuízo no atendimento. É um contrato que tinha uma definição prévia, foi feito para o enfrentamento à Covid com datas definidas. Nós estamos chegando ao fim dessa situação, mas a nosso anseio é que isso seja revisto o mais rapidamente possível para que a gente possa seguir o atendimento, até porque a gente teme que haja uma segunda onda (da Covid), com uma piora desse quadro, e recompor isso tudo vai ser tão trabalhoso quanto foi no início da epidemia", disse o membro da diretoria do instituto.
O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Saúde ainda não se pronunciaram sobre o caso. Ainda na nota, o instituto afirmou que já está se movimentando para não ter mais prejuízos. "Estamos iniciando um processo de discussão e avaliação de tarefas, aglutinando o que é possível e revendo dinâmicas de trabalho de forma a termos o menor impacto nas rotinas dos muitos serviços do IPPMG. Solicitamos a compreensão de todos e a colaboração para que o trabalho, apesar de todos os problemas, nos motive a manter a qualidade oferecida. "