Polícia Civil e Ministério Público do Rio fazem operação contra a milícia de Magé - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Polícia Civil e Ministério Público do Rio fazem operação contra a milícia de MagéDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por Anderson Justino
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio realizam na manhã desta segunda-feira (9) uma operação contra a milícia que atua dentro do município de Magé, na Baixada Fluminense. Ao todo, são dez mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. Um dos alvos é o vereador André Antônio Lopes do Nascimento,  conhecido como Sargento Lopes (PSD), que briga nas eleições deste ano por uma vaga na prefeitura.
Nove mandados de prisão foram cumpridos. Entre os presos está André Cosme da Costa Franco, vulgo André Careca, apontado como líder do grupo paramilitar.
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Os agentes apreenderam armas, facas, celulares e dinheiro e um carro de luxo. Na casa de André Careca, os policiais encontraram uma miniatura de um veículo blindado da PM.
De acordo com o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) o bando agia de forma violenta na região. As investigações começaram a partir de vários homicídios registrados em Magé. 
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"Eles usam as atividades tipica de milícia. Criam um monopólio em cima da venda de águas e gás. Exploram o transporte alternativo e agem de forma violenta, impondo terror à população", explica o delegado. 
POLICIAIS ENVOLVIDOS NA MILÍCIA
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As investigações apontam a participação de pelo menos três policiais militares na ativa, na milícia de Magé. Ao todo, 16 pessoas foram denunciadas. 
Segundo a polícia, o candidato sargento Lopes teve o celular apreendido. Contra ele não há mandado de prisão, apenas busca e apreensão. O político é policial militar reformado. O filho dele também estava entre os alvos de busca e apreensão.
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O delegado Moyses Santana disse que Lopes mantém vinculo forte com a milícia da cidade. Ele é suspeito de usar a força política para facilitar a ação do grupo criminoso. “Detectamos um vínculo forte entre o Sargento Lopes e essa organização criminosa. Ele facilitava a atuação do bando ao não reprimir os crimes”, afirmou o delegado Moyses Santana.
A defesa do candidato ainda não se pronunciou sobre o caso.