Força-tarefa da Polícia Civil faz ação contra braço financeiro da milícia - Daniel Castelo Branco
Força-tarefa da Polícia Civil faz ação contra braço financeiro da milíciaDaniel Castelo Branco
Por Anderson Justino
Rio - A força-tarefa da Polícia Civil, criada para combater o crime organizado no Rio e impedir a influência de grupos de milicianos na região, realizou nesta quarta-feira (11) mais uma operação contra braços financeiros da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) e de outras especializadas estiveram em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Um homem suspeito de fazer parte do grupo paramilitar foi preso.
Na casa do suspeito os policiais encontraram armas e munições. Uma pedreira que funcionava de forma ilegal foi fechada pelos agentes. Sete pessoas que estavam no local foram detidas. Todas foram conduzidas para prestar esclarecimentos. 
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De acordo com o delegado Willian Monteiro Pena Júnior, da Draco, as ações da Força-tarefa visam asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram lucro para a milícia do Ecko. 
Investigações da Polícia Civil apontam que a milícia é responsável pela exploração de atividades ilegais como; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.

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Desde que começou a combater a milícia, a pouco mais de um mês, a Força-tarefa da Polícia Civil prendeu quase 30 suspeito de fazerem parte do grupo paramilitar ligado ao criminoso Ecko. Cerca de 20 milicianos que resistiram a prisão foram mortos em confronto. 
A polícia também conseguiu fechar estabelecimentos ilegais que funcionavam para lavagem de dinheiro da milícia.