Deputada Flordelis presta depoimento na 3ª Vara Criminal de Niterói, 12º andar, no Fórum de Niterói - Luciano Belford
Deputada Flordelis presta depoimento na 3ª Vara Criminal de Niterói, 12º andar, no Fórum de NiteróiLuciano Belford
Por Thuany Dossares
Rio - O delegado Allan Duarte, titular da 72ª DP (São Gonçalo), compareceu, na tarde desta sexta-feira, ao depoimento da deputada Flordelis (PSD) no Fórum de Niterói, na audiência da 3ª Vara Criminal de Niterói em relação processo que investiga a morte do pastor Anderson do Carmo. "Vim na condição de testemunha pra esclarecer pontos que já foram elucidados. Aguardamos que a Justiça responda como tem que responder. Tem outras pessoas ainda para serem ouvidas. Sabemos que a motivação foi financeira, com relação à forma como pastor geria a casa e pela forma diferenciada que ela tratava os filhos adotados em relação aos afetivos", disse Duarte, que comandou a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), responsável pelas investigações do caso.
"Na verdade esse assassinato não teria ocorrido sem ela. De todos os sentados ali respondendo esse crime ela é a mais perigosa. Esperamos que a Câmara casse o mandato dela pra que ela responda por isso. Não há dúvidas de que ela foi a mandante do crime. Ela foi responsável por arquitetar o plano, convencer as pessoas para que o crime fosse cometido", acrescentou ele.

Sobre a investigação, Duarte disse que está confiante. "O trabalho bem feito. A defesa faz papel dela. Temos certeza de que trabalho correu bem e eles vão responder pela sua responsabilidade". Questionado sobre o porquê de a polícia não pedir a exumação do corpo do pastor para investigar o possível envenenamento, o delegado foi taxativo:  "Essa pergunta será respondida pelo legista. Essa é questão técnica debatida exaustivamente e concluímos que era inviável fazer esse exame nesse momento".
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Flordelis comparece à audiência
A deputada federal Flordelis (PSD) chegou ao Fórum de Niterói às 13h44  para participar da ação. A parlamentar afirmou que vai provar sua inocência e que não mandou matar o marido, Anderson do Carmo. "Eu não matei meu marido. Jamais faria isso. Nós vamos conseguir provar", declarou ao entrar para depor. Assista ao vídeo:
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O advogado Anderson Rollemberg, que acompanha a parlamentar, disse que Flordelis "está muito emocionada, é inocente e jamais foi mandante deste bárbaro crime".
A audiência estava marcada para as 13h e Flordelis foi notificada para participar, inclusive pelo WhatsApp. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa e, posteriormente, os réus.
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O processo está em fase de instrução para julgamento no plenário do júri. Para assegurar que Flordelis fosse notificada para a audiência desta sexta-feira, a juíza Nearis dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou o envio notificações para todos os endereços da pastora, tanto no Rio de Janeiro como em Brasília, além de uma intimação via WhatsApp.
"Intime-se a acusada Flordelis em seu endereço nesta Comarca, bem como expeça-se carta precatória para intimação em seu endereço funcional, em Brasília. Sem prejuízo, intime-se a acusada via whatsapp, considerando dificuldades já verificadas em tentativas anteriores de intimação", determinou a juíza em decisão de outubro.