Vendedor de canetas na porta da Escola Municipal Roma, em Copacabana - DANIEL CASTELO BRANCO/AGÊNCIA O DIA
Vendedor de canetas na porta da Escola Municipal Roma, em CopacabanaDANIEL CASTELO BRANCO/AGÊNCIA O DIA
Por Yuri Eiras
Rio - O vendedor de jornais Álvaro Augusto, de 57 anos, é desses cariocas de visão empreendedora. Diante da recomendação de cada eleitor possuir sua própria caneta, norma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar a disseminação do coronavírus, o morador de Copacabana aproveitou para faturar: comprou alguns pacotes de canetas azuis e se posicionou estrategicamente na porta da Escola Municipal Roma, salvando a pele dos desprevenidos. "Caneta é dois reais", brada o comerciante.
"O que mais tem é de gente que entra e diz: 'Ih, esqueci da caneta!'. Em uma hora, já vendi mais de 20", comemorou Álvaro, que tratou de vender as canetas no seu próprio local de votação. O exercício da cidadania já foi feito. Agora, o que vier é lucro.
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"Tem nicho. Sabendo que é uma zona eleitoral movimentada, pensei em vender alguma coisa. Máscara, não, porque ia ter muita gente vendendo. Água, também vende muito. Optei pela caneta. É fácil ter troco, e tem um grupo razoável de desprevenidos", comenta Álvaro, que notou a ausência de um eleitor famoso da Escola Municipal Roma.
"Estou sentindo a falta do ex-governador Sérgio Cabral, que sempre votava aqui. Ouvi dizer que está impossibilitado de comparecer", brincou.
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Escola Municipal Roma, em Copacabana - DANIEL CASTELO BRANCO/AGÊNCIA O DIA
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