Polícia prende milicianos da Praça Seca que invadiriam favela dominada por facção
Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) prendeu cinco homens e com eles foram apreendidos três fuzis, pistolas e granadas. Grupo da Praça Seca e Campinho invadiria o Morro do Dezoito, na Água Santa
Por Thuany Dossares
Rio - Cinco homens, apontados pela Polícia Civil como integrantes de uma milícia que atua na Praça Seca e Campinho, Zona Oeste do Rio, foram presos, na noite de quinta-feira, por agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). Com o grupo, foram apreendidos três fuzis, pistolas e granadas.
Esta foi mais uma ação da força-tarefa da Polícia Civil, com o objetivo de desestruturar financeiramente a milícia e combater a narcomilícia.
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De acordo com o setor de inteligência da Desarme, os milicianos estavam se preparando para invadir o Morro da Dezoito, que tem a criminalidade controlada por traficantes do Comando Vermelho (CV). Eles foram capturados num dos acessos à comunidade do Divino, na Praça Seca, quando se deslocavam para encontrar comparsas na comunidade da Barão, para reforçar o ataque aos rivais.
Os suspeitos foram identificados como Michel Gomes Menezes, conhecido como Chechel, Rodrigo de Souza da Silva, Marcus Vinicius Rodrigues de Oliveira, Roberto da Rocha Siqueira e José Carlos Salino Jacinto. Um deles vestia um fardamento camuflado e coturno, semelhantes ao usados pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), e outro também estava com colete balístico.
Segundo os policiais, o grupo estava armado com dois fuzis calibre 7.62, um fuzil calibre 5.56, três pistolas, duas granadas, diversos carregadores e munições para as armas, rádios comunicadores.
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A polícia descobriu que Chechel seria uma das lideranças milícia na região. Ele é irmão de Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, que é chefe da milícia das comunidades da Barão, Divino, Chacrinha, Fubá, Jordão e Campinho, em Jacarepaguá. Contra Chechel também havia um mandado de prisão em aberto por roubo.
No veículo onde os suspeitos estavam, os agentes também encontraram um caderno de controle de armamentos da organização criminosa, além de um canhoto de "contribuição mensal", que seria de cobrança indevida de taxa de segurança para moradores e comerciantes.
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"Esse canhoto é um controle da cobrança desta taxa. Os valores cobrados por eles variam de R$ 20 a R$ 300 por mês, de acordo com a capacidade financeira de quem paga", explicou o delegado Marcus Vinicius Amim, titular da Desarme.