Dia da Consciência Negra foi celebrado no monumento do Zumbi dos Palmares - Estefan Randovicz/Agência O DIA
Dia da Consciência Negra foi celebrado no monumento do Zumbi dos PalmaresEstefan Randovicz/Agência O DIA
Por Karen Rodrigues*
Rio - Mesmo com chuva, celebração ao dia da Consciência Negra, nesta sexta-feira, reuniu membros da comunidade negra e do movimento antirracista no monumento do Zumbi dos Palmares, localizado na Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio. Além de atividades culturais, religiosas, danças e roupas afro, o evento também foi uma forma de manifestação contra o racismo, ainda presente na sociedade brasileira.
"É um momento de celebração e de marcar a dignidade da população negra e a violência da população negra que abate a sociedade", disse o professor e doutor babalaô, Ivanir dos Santos.
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O babalaô participou da celebração e discursou sobre a construção do dia 20 de novembro na sociedade brasileira e a elaboração de políticas públicas para os negros. 
"Zumbi dos Palmares é um herói construído pelo movimento negro brasileiro em contraposição ao 13 de maio, a abolição da escravidão. É o dia nacional da reflexão, da consciência negra, chamar a sociedade para a luta do movimento negro. Apesar do o genocídio da população negra, mesmo assim achamos que foram passos importantes que foram dados na sociedade brasileira", comentou o babalaô.
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A primeira diretora do coletivo Antirracista do Campus Tijuca II do Colégio Pedro II, Ana Beatriz Firmo, também estava presente no evento.
"Dia da Consciência Negra está sendo uma forma para a gente celebrar essa data, que, infelizmente, passa dia, passa anos a gente vê a questão do homicídio da população negra periférica de uma forma trágica. A gente tem esse feriado, mas, ontem um homem negro foi assassinado no Carrefour. Então, infelizmente, a gente tem que lidar com essa parte do racismo estrutural constantemente", relatou. 
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Segundo Ana Beatriz, o coletivo antirracista no colégio é formado por servidoras e servidores (docentes, técnicas e técnicos) e tem o objetivo de combater o racismo por meio da educação.
Um dos projetos que integram o Coletivo Antirracista é a série de lives “Sangue IndiAfro” que, desde julho de 2020, tem promovido encontros online no Instagram do TJ2 para valorizar as culturas africana, afro-brasileira e indígena.
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*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro