Anvisa alerta para 1º caso de fungo superresistente no Brasil - Divulgação
Anvisa alerta para 1º caso de fungo superresistente no BrasilDivulgação
Por O Dia
Rio - Com os números de casos do coronavírus subindo, o alerta foi acionado e os dados preocupam, principalmente na cidade do Rio. No Sistema de Único de Saúde (SUS), o município tem 51% a menos dos leitos de UTI. Em maio, eram 2.564 e atualmente são 1.253. Já a rede municipal passou de 944 leitos totais para 901. A diminuição foi devido ao fechamento de leitos e hospitais de campanha. Com menos vagas a oferecer e uma fila de pacientes à espera de leitos que não para de crescer, tudo aponta para um colapso na saúde.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, as vagas de enfermaria foram as que mais sofreram impacto. De 723, em maio, foram para 630, uma diferença de 12%. Já a quantidade de leitos de UTI teve um aumento de 22% e passaram de 221 para 271, o que não foi suficiente, já que 220 pessoas esperam pela internação, sendo 79 para UTI.

No total, dos 901 leitos da rede municipal ( 271 UTIs e 630 enfermarias), 57% estão ocupados. Só na UTI, a taxa de ocupação é de 94%. Já na enfermaria a ocupação chega a 42%.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede SUS da cidade do Rio - que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais - é de 90%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria é de 69%. Na capital, o SUS tem 1.044 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 493 em UTI e 551 em enfermarias.
Especialista aponta perigo de colapso e recomenda tratamento precoce
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Para Edmilson Migowiski, doutor em Infectologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para não repetir o que aconteceu no início da pandemia, ou piorar o cenário, é preciso que as autoridades e médicos invistam no tratamento precoce.
"Infelizmente, parece que não se aprendeu nada com os erros cometidos no começo da pandemia. Tem que se reforçar as medidas de segurança como uso de máscara, álcool em gel e respeitar o distanciamento para evitar o contágio. Outra coisa fundamental, é instrumentalizar a população para que as pessoas desconfiem que estão com covid logo nos primeiros sintomas. Muita gente espera ficar com febre, mas apenas 20% dos casos apresentam febre. Buscar atendimento precoce e administrar os medicamentos precocemente vai ajudar na redução de internações", diz o especialista".
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Ele alerta ainda que o ideal é que seja administrado a medicação mesmo antes de um resultado positivo. "Os exames às vezes demoram a sair o resultado e neste período a doença pode se agravar. Quando um paciente tem sintomas de coronavírus deve-se administrar logo o tratamento logo nos dois primeiros dias, que é quando a doença está no início, sem gravidade. O tratamento precoce vai diminuir o número de internações. Se isso não for feito, tudo leva a crer que teremos um colapso nas unidades de saúde".

Com menos da metade dos leitos de UTI no SUS, saiba a situação das unidades:

Hospital de Campanha do Maracanã: desativado;
Hospital de Campanha de São Gonçalo: desativado;
Hospital de Campanha do Leblon: desativado;
Hospital de Campanha do Parque dos Atletas: desativado;
Hospital Federal de Bonsucesso: após incêndio no fim de outubro não tem mais leitos;
Instituto do Cérebro: não atende mais pacientes com covid; Hospital Federal de Bonsucesso: após incêndio no fim de outubro não tem mais leitos;