'Vamos agir com muito rigor', diz presidente do TRE-RJ sobre paralisação de rodoviários
Desembargador Cláudio Brandão afirmou que o movimento será investigado no campo penal, já que impacta o deslocamento de milhares de eleitores
Por GUSTAVO RIBEIRO
Rio - O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, afirmou na manhã deste domingo que a paralisação de funcionários de duas empresas de ônibus na Zona Oeste será apurada criminalmente. Ele classificou a situação como um problema inesperado, mas que impacta grande número de eleitores. As autoridades tentam identificar os líderes do movimento. A declaração foi dada em entrevista ao vivo à rádio BandNews FM.
"De fato esse era um problema inesperado. Todo o planejamento foi feito e não havia, até ontem (sábado), indicação de movimento isolado de duas empresas, mas com impacto de grande número de eleitores. Já acionamos a Justiça Eleitoral e será apurado o contorno criminal. Esse tipo de movimento sem aviso no dia da eleição tem repercussão no campo penal e nós vamos agir com muito rigor", afirmou o desembargador.
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"A gente tem que apurar a responsabilidade, mas é necessário zelar pela regularização do serviço. Todo esforço está sendo fazer com que o serviço seja regularizado o mais rápido possível, e, paralelamente, que a responsabilidade seja investigada", concluiu.
A direção do Sintraturb-Rio (sindicato dos rodoviários) afirmou que apoia a presença da PF para manter a regularidade na eleição, "até porque lei é para ser cumprida e não discutida".
CONSÓRCIO TRANSCARIOCA APELA PELO FIM DA PARALISAÇÃO
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O Consórcio Transcarioca alegou que as empresas vinham negociando o parcelamento do 13º salário, com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), e foram surpreendidas com a paralisação deste domingo.
"A dificuldade das empresas de ônibus vem sendo anunciada publicamente há tempos, sendo consequência da mais grave crise já enfrentada pelo setor no município do Rio. O congelamento da tarifa há quase dois anos e a concessão de gratuidades sem fonte de custeio são algumas das causas do colapso econômico-financeiro que vem atingindo as empresas que circulam na capital, impactadas por uma brutal queda de receita que foi agravada pelas medidas implementadas de combate à covid-19.
O Consórcio Transcarioca reitera seu respeito pelos rodoviários, mas faz um apelo aos profissionais para que as negociações sejam retomadas imediatamente e possam evitar que a paralisação neste domingo prejudique milhares de usuários eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto", acrescentou, em nota.