Ex-PM indiciado pela morte do irmão do deputado Marcelo Freixo comemora a vitória de Capitão Nelson em São Gonçalo - Reprodução
Ex-PM indiciado pela morte do irmão do deputado Marcelo Freixo comemora a vitória de Capitão Nelson em São GonçaloReprodução
Por O Dia
Rio – A vitória de Capitão Nelson, eleito prefeito de São Gonçalo com 189.719 votos, foi comemorada não só pelo político e seus apoiadores, mas também por amigos. Um deles, o ex-policial militar Fábio Soares Montibelo, e também ex-presidente da escola de samba Porto da Pedra, indiciado em agosto desse ano pela morte do irmão do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Renato Ribeiro Freixo.

Montibelo celebrou a vitória de capitão Nelson em sua página oficial do Instagram. “Fiz questão de dar um abraço no amigo e agora Prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson! Parabéns pela vitória! São Gonçalo confia em você!”, disse.

O presidente da Porto da Pedra concorreu ao cargo de vereador pelo Partido Liberal (PL) e teve 1.197 votos, ficando como suplente.

Para a Polícia Civil, Montibelo e o policial militar Marcelo dos Reis Freitas foram os mandantes do assassinato de Renato Ribeiro Freixo. O também PM Alexandre Ramos foi apontado como executor. O crime ocorreu em junho de 2006, quando a vítima chegava em casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.

As investigações da 10ª Delegacia de Acervo Cartorário (Deac) apontam que Freitas e Alexandre faziam, de forma irregular, a segurança no condomínio em que Renato era síndico e teriam assassinado o irmão do deputado como vingança. Foram 13 anos de espera até que o inquérito fosse concluído.
A assessoria do político foi procurada, mas ainda não se manifestou. 

CITADO NA CPI DAS MILÍCIAS

Eleito prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson foi citado no relatório final da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em 2008.

Na ocasião, ele foi apontado como chefe de um grupo paramilitar que atuava no bairro Jardim Catarina. Atualmente a região é controlada pela maior facção criminosa do estado.

O político nega envolvimento com a milícia.