Praia do Abricó - Divulgação
Praia do AbricóDivulgação
Por Carolina Freitas
Rio - A Praia do Abricó, a única de nudismo do Rio de Janeiro, que fica localizada em Grumari, voltará a receber banhistas neste sábado (5), para comemorar o Dia Mundial do Naturismo, que acontece no domingo (6), apesar dos números do coronavírus estarem aumentando consideravelmente. A praia não era visitada há oito meses devido a doença, que já matou mais de 22.600 pessoas no estado. A partir do dia 5 de dezembro, as visitações passarão a valer para todos os fins de semana e feriados.
Pedro Ribeiro, presidente da Federação Brasileira de Naturismo e secretário da Associação Naturista da Praia do Abricó, alegou que o evento, que acontece com as pessoas nuas, não traz riscos à população, já que os banhistas não precisarão lavar suas roupas por suspeita de contaminação ao chegarem em casa.
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Além disso, ele alegou que "quem quiser usar máscara, ela será aceita, mas o resto do corpo é nu, com exceção do boné e óculos escuros."
Perguntado pela reportagem como será feito o distanciamento dos visitantes, Pedro respondeu que não sabe quantas pessoas comparecerão ao evento, mas que normalmente, pelo menos 100 banhistas visitam a praia no sábado; o que não gera preocupação para os organizadores.
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"O evento será simples, apenas um bate-papo sobre naturismo, em que as pessoas se sentarão com afastamento uma das outras de, no mínimo, um metro."
O DIA entrou em contato com o infectologista Alberto Chebabo, que afirmou que o risco de contaminação é alto pois acontece por transmissão aérea, independente se as pessoas estão de roupa ou não.
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"Na maioria das vezes as pessoas vão à praia sem máscara. O risco de transmissão é igual, tanto na praia de nudismo, como na praia comum. Se a pessoa está de biquíni, de sunga, short, de roupa, ou sem nenhuma roupa, e tiver aglomeração, não vai fazer diferença alguma no risco de contaminação", disse Chebabo. 
Mortes e casos de covid-19 aumentam
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Nesta terça-feira, o Rio de Janeiro registrou 93 novas mortes nas últimas 24h e 3.628 pessoas foram infectadas pela doença. Ao todo, são 22.683 óbitos desde que começou a pandemia. Ainda nesta tarde, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recomendou que o estado endureça as medidas de restrição à população.
Especialistas pedem que seja tomada uma série de medidas, que incluem novo fechamento das praias e suspensão de eventos esportivos, sociais e culturais. Apesar disso, o governador em exercício Cláudio Castro afirmou que a abertura de leitos no estado é suficiente para evitar o colapso do sistema de saúde. Até esta terça, a taxa de ocupação dos leitos de covid-19 na Rede Sus estava em 91% no município do Rio. 
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