O requerimento foi feito na última segunda-feira com base em alegações de que Flordelis havia ameaçado uma das testemunhas do caso, Regiane Rabello, em uma transmissão ao vivo.
A proibição originou-se de um pedido do advogado assistente de acusação, Ângelo Máximo, para que fosse decretada a prisão preventiva de Flordelis.
No pedido, Máximo afirmou que o crime não possui qualquer conexão com seu mandato de deputada e por isso ela não teria imunidade parlamentar. O MP foi contra o pedido de prisão, que foi indeferido pela juíza.
A própria defesa de Flordelis, no intuito de evitar a decretação da prisão, solicitou à magistrada que fosse determinada a proibição de citar testemunhas em transmissões ao vivo.
Contradições e acareação
A divergência nos depoimentos de Cristiane dos Santos, nora da deputada, e uma antiga frequentadora da igreja, Vivian Oliveira, levou a juíza responsável pelo caso fazer uma acareação entre as duas testemunhas, na próxima sexta-feira.
Em seu depoimento na segunda audiência do caso, na semana passada, a testemunha Regiane Rabelo afirmou que Vivian lhe confidenciou ter ouvido de Cristiane uma nova versão sobre a participação de pessoas da casa na morte do pastor Anderson do Carmo.
Segundo Regiane, Vivian relatou que a filha biológica de Flordelis — Simone dos Santos Rodrigues — também havia atirado no pastor. Segundo a testemunha, o disparo teria sido dado na genitália. Regiane contou ainda que André Oliveira, filho afetivo de Flordelis e ex-marido de Simone, segurou o pastor para que ele fosse alvejado.
Cristiane negou que tenha contado qualquer coisa sobre o crime para Vivian, que por sua vez, confirmou as informações prestadas por Regiane.