Segundo a denúncia do MP, a quadrilha é responsável por explorar inúmeras atividades ilícitas, principalmente a exploração imobiliária clandestina.
Entre os presos na operação desta terça está um homem suspeito de chefiar a milícia. Tailon de Alcântara Pereira é filho de um ex-policial militar citado na CPI das Milícias em 2008, expulso da polícia em 2008 e que está preso. Ele foi localizado em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. As investigações apontam que ele assumiu o posto de chefe do grupo paramilitar após a prisão do pai.
INVESTIGAÇÃO
A investigação foi iniciada, em abril de 2019, pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) – entre as operações Intocáveis 1 e Intocáveis 2 – e conseguiu identificar integrantes da mesma organização criminosa que, até então incógnitos, permanecem explorando diversas atividades ilícitas, especialmente a exploração imobiliária clandestina na região.
A denúncia ressalta o enorme perigo social desses empreendimentos, que se destinam à habitação de milhares de pessoas, sem qualquer espécie de capacitação técnica, controle ou garantia acerca da higidez das obras e construções. Exemplo desse risco é a tragédia ocorrida em 12 de abril de 2019, na qual dois edifícios irregulares situados no Condomínio Figueiras desmoronaram na região da Muzema, levando abaixo 24 vidas em seus escombros.