Jorge Felippe vai assumir a prefeitura após prisão de Crivella
'Quero tranquilizar os moradores da cidade do Rio de Janeiro garantindo que a cidade não ficará sem comando', declarou o presidente da Câmara Municipal
Rio - Com a prisão do prefeito Marcelo Crivella nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Vereadores do Rio, vereador Jorge Felippe (DEM), vai assumir o cargo de prefeito do Rio até o dia 31 de dezembro. Na linha sucessória, Fernando Mac Dowell, vice-prefeito da cidade, assumiria, mas ele morreu em 20 de maio de 2018 em decorrência de um infarto.
Por meio de nota, Jorge Felippe buscou tranquilizar os moradores da cidade e garantiu que o Rio não ficará sem comando na reta final de 2020. Ele se deslocou para a sede da prefeitura e disse que vai "tomar as rédeas da situação".
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"Quero tranquilizar os moradores da cidade do Rio de Janeiro garantindo que a cidade não ficará sem comando nestes últimos dias da atual gestão. Já estou me encaminhando para a prefeitura onde vou tomar as rédeas da situação cumprindo o que determina a nossa Constituição. Como prefeito em exercício, vou orientar a todos os secretários municipais e dirigentes de empresas e órgãos para que mantenham a máquina pública a pleno vapor. Vamos trabalhar com afinco e dedicação até o último dia. Já conversei também com o prefeito eleito Eduardo Paes", declarou Felippe.
"A transição vai continuar e vamos fornecer todas as informações necessárias para a nova equipe. Vamos garantir o pleno funcionamento dos serviços municipais até o dia 1º de janeiro. O Rio de Janeiro tem prefeito", acrescentou o presidente da Câmara dos Vereadores.
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O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (DEM), que é do mesmo partido de Jorge Felippe, toma posse no dia 1º de janeiro de 2021. Ele comentou no Twitter nesta terça-feira que já conversou com Jorge Felippe. "Conversei nessa manhã com o presidente da câmara de vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado", postou Paes.
Uma das últimas postagens de Jorge Felippe nas redes sociais, no dia 30 de novembro, foi parabenizando Paes pela vitória nas eleições. "O Rio vai voltar a dar certo! Parabéns, @eduardopaes_ ! Vamos juntos lutar sempre pelo Rio e pelos cariocas!", publicou o vereador.
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Quem é Jorge Felippe
Jorge Felippe está no sétimo mandato como vereador. É o atual presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro pela sexta vez consecutiva. Nascido e criado em Bangu, é formado em Direito. Jorge Felippe é autor da lei que implantou na cidade as escolas de horário integral, em turno único. Através da lei, foram criadas as Escolas do Amanhã, e gradualmente todas as escolas municipais estarão em horário integral com aulas de reforço, atividades esportivas e culturais, lazer e refeições.
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“Acredito muito na educação como caminho para transformar a nossa sociedade. Só há expectativa de futuro quando a educação é a prioridade. Está provado que nos países onde houve opção pela educação integral, registrou-se um salto de qualidade do ensino, formando pessoas absolutamente qualificadas para o enfrentamento da vida e longe da criminalidade”, afirma o vereador em seu perfil no site da Câmara Municipal.
Como vereador, é autor de leis importantes, como a que criou a Guarda Municipal, a que obrigou a prefeitura construir acesso para deficientes físicos nas calçadas e a que tornou obrigatório assento prioritário nos transportes públicos para deficientes, idosos e gestantes. A Feira de São Cristóvão é um projeto criado por lei de Jorge Felippe. Criou ainda a lei que regulamentou o serviço de táxi na cidade do Rio, e também, a lei que regulamentou o serviço do comércio ambulante.
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Ainda em seu perfil no site da Câmara dos Vereadores, destaca como marca a economia de R$ 515 milhões do orçamento do legislativo municipal que foram doados para a prefeitura construir Clínicas da Família, Escolas do Amanhã, reformar os hospitais municipalizados Albert Schweitzer e Rocha Faria e ressalta que doou ainda recursos para reforçar as ações no combate da Covid-19 na cidade do Rio. Em sua gestão como presidente, criou o Portal da Transparência e a Controladoria-Geral da Câmara. Foi ainda em sua gestão que a Câmara criou o Conselho e o Código de Ética que tramitava na Casa há 21 anos.