De acordo com Chaves, dos 150 leitos, 100 serão enfermaria e 50 CTI. “Fizemos uma licitação, que está terminando agora… E esse hospital ele é muito mais importante por uma coisa só, porque hoje está pensando na pandemia, covid, ele servirá de retaguarda para aquela região. Retaguarda não é depósito de doente, retaguarda é pacientes que ficam na UPA, que tem possibilidade de terapia e voltaram para sua normalidade e acaba toda aquela busca sanitária ali dentro”, disse.
A inauguração, segundo o secretário, está prevista para o próximo dia 20. A estrutura da unidade tem 12.800 metros quadrados e estrutura similar aos hospitais de grande porte para atendimentos de média e alta complexidade. O hospital tem a proposta de ser um centro de triagem temporário para a covid-19, com tomógrafo, laboratório e centro de testagem do novo coronavírus, desafogando as emergências da região.
Além de Carlos Alberto, estavam presentes na coletiva Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, Alexandre Kiep, médico da Subsecretaria de Vigilância de Saúde Estadual, Claudia Maria Braga de Mello, subsecretária de Vigilância Sanitária, e Luciane Velasque, da coordenação da Saúde.
O secretário também garantiu que o estado está pronto para a vacinação e conta com 8 milhões dos insumos necessários, como seringa e agulha, além de câmaras frigoríficas, necessárias para o armazenamento de algumas vacinas. “Essas licitações de seringas e agulhas já estavam desde 2019, porque é normal das licitações para as campanhas de vacinação, que acontecem anualmente”, explicou.
Se o Rio adotará a obrigatoriedade da vacina, Chaves passou a vez para Kiep, que afirmou que tudo será alinhado e seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. “As campanhas de vacinação sempre foram vitoriosas no Brasil”, frisou, em seguida, o secretário.
O novo painel de monitoramento da covid-19
O painel de monitoramento da covid-19 do Rio de Janeiro está com um novo layout e com novas informações disponíveis para a população como, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos e a fila de espera para enfermarias e UTIs da rede estadual. Nesta terça-feira, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) explicou as mudanças da nova versão, que entrou ao ar no dia 1º de janeiro, após os nove meses da pandemia do novo coronavírus. Segundo a pasta, o objetivo é deixar os dados mais acessíveis e com uma apresentação simplificada.
"Foi um aprendizado, a gente tinha já um painel com informações acessíveis, mas que era muito técnico pro público leigo e órgãos de imprensa", analisou Kiep sobre a mudança após os noves meses do lançamento. "Foi uma curva de aprendizado, como daqui a dois meses a gente possa ter que fazer alguma correção, adaptação", completou.
O painel sempre será atualizado às 17h. “Ele agora tem ocupação de leitos de UTI, os municípios informam diariamente por meio de formulários”, destacou Luciane.
Sobre a subnotificação dos casos da covid-19, a coordenadora explicou que a notificação é obrigatória por parte das clínicas e hospitais.
“A notificação é obrigatória independente do teste ter sido feito no público ou privado, num drive-thru ou numa unidade de saúde”, pontuou Kiep. Mas, o médico admitiu que existe subnotificação.
O secretário municipal de Saúde disse que a cidade do Rio de Janeiro vai aderir ao painel. "A gente vai usar no Município o painel do Estado para que a gente tenha uma informação única", afirmou Daniel Soranz.
De acordo com Soranz, Estado e Município também discutem a regulação única dos leitos do SUS. "A gente está trabalhando em conjunto para na próxima semana apresentar a regulação única dos leitos de covid-19 para toda a sociedade", garantiu.