Eduardo Paes descarta a possibilidade de autódromo ser construído em Deodoro
Prefeito ressaltou que tem um compromisso com ambientalistas para identificar uma outra área na cidade que possa receber um empreendimento automobilístico
Autódromo de DeodoroDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - De volta ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM-RJ) garantiu nesta terça-feira que não será construído o autódromo de Deodoro. Em entrevista à rádio BandNews, ele disse que tem um compromisso com ambientalistas para identificar uma outra área na cidade que possa receber um empreendimento automobilístico e mencionou uma área em Guaratiba como uma possível opção.
"Não vai ter autódromo em Deodoro. É meu compromisso com os ambientalistas, com o Partido Verde, que me apoiou nas eleições, é de identificar uma nova área para esse autódromo, um novo local", disse Paes.
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O autódromo fazia parte de um projeto no valor de R$ 700 milhões liderado pelo consórcio Rio Motorsports. A empresa tinha o intuito de construir uma pista e ser a sede do GP do Brasil de Fórmula 1 a partir deste ano.
No entanto, a obra ainda não teve início pela falta de liberação ambiental. O consórcio chegou a ter acerto encaminhado com a Fórmula 1 no meio do ano passado para receber a etapa brasileira, mas a ausência de aval das autoridades para dar início nos trabalhos atrasou todo o projeto. Por isso, a categoria fechou acordo com São Paulo e assegurou a realização da prova em Interlagos até 2025.
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O projeto de Deodoro tinha como grande incentivador o ex-prefeito Marcelo Crivella, derrotado por Paes nas eleições do ano passado. O outro entusiasta da ideia era o governador afastado do Rio, Wilson Witzel. A obra é alvo de críticas de ambientalistas pelo plano de realizá-la em um raro pedaço de Mata Atlântica e lar de várias espécies raras de animais e plantas.
Em novembro, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), do Rio, pediu para que o estudo de impacto ambiental do empreendimento passasse por correções. O intuito do consórcio é retomar o andamento desse processo burocrático em janeiro, obter a licença prévia e iniciar as obras para em 2022 poder receber uma etapa do Mundial de MotoGP. O contrato já está assinado.