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ONG faz manifestação em memória dos 200 mil brasileiros mortos pela covid-19

Ato foi em cemitério de covas rasas para mostrar a despedida real das pessoas que morreram de covid-19: cerimônias simples e quase solitárias 

Por O Dia
Rio - Brasil, 200 mil mortos. Segundo país em número de óbitos no mundo. Por quê?". A pergunta foi feita pela ONG Rio de Paz, na tarde desta sexta-feira (8), durante um protesto em memória dos brasileiros que morrem vítimas da covid-19. A marca de óbitos foi atingida pelo país na última quinta-feira (7).
No local, foram fincadas 20 cruzes pretas, cada uma simbolizando 10 mil mortos, e em uma delas foi pendurada a bandeira do Brasil. Integrantes do Rio de Paz usaram máscaras brancas com cruzes pintadas de preto e seguraram cartazes com as frases, uma questionando o número de óbitos.
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"O governo federal errou. Faltou montar uma gabinete de crise a fim de que, mediante à conjugação de esforços com governadores e prefeitos, apresentasse ao país uma política comum seguida de metas, cronogramas com prestação de contas. Soma-se a isso, os erros cometidos pelo próprio presidente, que menosprezou as regras sanitárias prescritas por epidemiologistas do mundo inteiro e aplicadas pelas nações desenvolvidas e livres", disse o presidente do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.
"Outro ponto que nos chama a atenção: prescrever remédios como se médico fosse e também menosprezando as campanhas de vacinação", complementou Antonio.
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Ao contrário das outras duas manifestações realizadas em 2020 pelo Rio de Paz em memória dos mortos pelo corovavírus, com voluntários e em local de grande circulação de pessoas, desta vez a ONG preferiu um protesto mais reservado.
O ato foi em dois cemitérios, na área das covas rasas, que se tornaram símbolos dessa pandemia, e também para mostrar como tem sido a despedida real das pessoas aos seus parentes e amigos que morreram de covid-19: cerimônias simples e, na maioria das vezes, solitárias aumentando o sofrimento das famílias. A medida é para evitar contaminação pelo novo coronvírus.
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Segundo a ONG, em um dos cemitérios, só na manhã desta sexta-feira, três pessoas vítimas do novo coronavírus foram enterradas em covas rasas. "O pobre, em geral, é enterrado aqui", disse uma pessoa que pediu para não ser identificada.
"Realizamos ano passado duas manifestações na praia de Copacabana. Numa delas, levamos cenas de um cemitério de covas rasas, símbolo desse momento da nossa história, da vida que é enterrada sem solenidade, especialmente da vida do necessitado. É essa imagem que vai ficar de anos de incompetência, de desgoverno, de banalização da vida humana e que deve levar o conjunto da sociedade repactuar esse país a fim de que essas cenas jamais se repitam", finalizou Antonio.
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