Pesquisa do Instituto Vital Brazil com a UFRJ e a Fiocruz - Arquivo/Instituto Vital Brazil
Pesquisa do Instituto Vital Brazil com a UFRJ e a FiocruzArquivo/Instituto Vital Brazil
Por O Dia
Rio - Uma pesquisa que estuda a produção de um soro anti-Covid a partir de anticorpos de cavalos, elaborada pelo Instituto Vital Brazil em parceria com a UFRJ e a Fiocruz, está na segunda rodada de perguntas da Anvisa sobre o pedido de ensaio clínico do material. Em breve, o projeto será testado em pacientes para avaliação da eficácia.
O ensaio clínico prevê duas etapas de testes. O soro será injetado inicialmente em sete pessoas, como uma primeira fase de avaliação. Se confirmada a ausência de efeitos colaterais, mais 36 pacientes receberão doses do conteúdo. O estudo deve ser concluído em três meses. 
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O soro a partir de anticorpos de cavalos vacinados foi desenvolvido com base na Proteína S, no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da Coppe/UFRJ. A proteína usada tem uma estrutura semelhante à presente na superfície externa do coronavírus. Assim, ela é capaz de estimular, no animal que recebeu a dose, a produção de anticorpos que reconhecem e neutralizam o vírus. A professora Leda Castilho, da Coppe, coordena os estudos.
"Diante da inexistência de terapias específicas para a doença, os anticorpos de cavalos produzidos pelo IVB são uma grande esperança de tratamento possível e específico para a Covid-19", afirma a professora.

A pesquisa já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) no fim do ano passado. Tanto a aprovação da Conep quanto da Anvisa são necessárias para que os testes em humanos possam começar. Um produto também produzido a partir de anticorpos obtidos de cavalos vacinados, já foi aprovado em dezembro de 2020, na Argentina, para tratamento de pacientes com Covid.