Pesquisador Fabiano de Abreu - Divulgação
Pesquisador Fabiano de AbreuDivulgação
Por Bruna Fernandes
Neurocientista que criou terapia com base na ancestralidade, disse que a internet está deixando as pessoas menos inteligentes e confirmou que a Covid-19 deixasequelas neuronais, acaba de descobrir nova inteligência. Membro da Federação Européia de neurociência, Fabiano de Abreu acaba de ter seu décimo estudo aprovado pela academia científica em dois meses. O Dr. Fabiano de Abreu é um neurocientista luso-brasileiro que nos últimos tempos tem apresentado conceitos inovadores nas suas áreas de estudo.Mais recentemente criou um novo conceito de inteligência, a inteligência DWRI, aprovado pelo comitê científico internacional e publicado na revista científicaInternational Journal of Development Research, e também foi o autor de uma teoria inédita (Psicoconstrução) que pretende lidar com os traumas através da nossa memória primitiva. Abreu considera que a razão é a força dominante e tudo se pode explicar e simplificar através dela.
“O meu objetivo desde muito novo era descobrir algo que fizesse a diferença, que fosse capaz de ajudar outros. Ao longo da vida fui compreendendo que a nossa mente é a chave de tudo e, por essa razão, quis compreender a fundo como funciona.”, relata Abreu. O conceito da inteligênciaDWRI, sigla inglesa para 'Development of Wide Regions of Intellectual Interference' que em português quer dizer 'Amplas regiões de interferência Intelectual Desenvolvidas' surgiu pela necessidade de enquadrar um grupo de pessoas cujo tipo de inteligência convencional não alcançaria. Como realça o próprio, as capacidades e habilidades de um indivíduo, mesmo de QI superior, podem ser apenas inteligências determinadas.
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Alguém pode ser genial ao nível matemático ou linguístico, mas ter variáveis que o afetam de algum modo.“A inteligência DWRI pretende englobar todas as pessoas que detenham um alto QI e tenham todas as regiões cerebrais desenvolvidas, sem nuances que interfiram na cognição e na amplitude intelectual”, refere o neurocientista. Em suma, significa conseguir desenvolver todos os tipos de inteligência englobando nesta experiência o seu património genético, os seus interesses e as suas experiências de vida que no final resultam numa inteligência global e não apenas direcionada sem ser portador de nenhuma variável cognitiva como é o caso do autismo ou outras síndromes ou qualquer outro tipo de lesão/comportamento que interfira na capacidade de cognição como por exemplo acidentes ou doenças infectocontagiosas, uso de substâncias psicoativas, doenças do foro psicológico ou psiquiátrico ou uso de medicação controlada por longos períodos.
Segundo o neurocientista e conforme observado nos seus estudos, pessoas que possuem uma inteligência DWRI costumam ser mais ponderadas e equilibradas e, mesmo plenamente conscientes das suas capacidades são humildes e não cedem a chamados egocêntricos e narcisistas. Exatamente como elucida Fabiano de Abreu, “Estes traços advêm sobretudo pela noção de que ser mais humilde acarreta mais vantagens, incluindo para o próprio. Outra característica que prevalece nestes indivíduos é a forte capacidade de controle emocional sem que com isso perca a capacidade de socializar."
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“Quando sujeitos a um trauma, exatamente por terem as suas regiões cerebrais mais desenvolvidas estes indivíduos têm uma maior capacidade de o ultrapassar. Segundo conclui o próprio estudo, indivíduos com QI superior a 99 de percentil e que possuam inteligência DWRI têm mais probabilidades de sucesso profissional e pessoal não apenas pelo domínio da lógica, mas pela sua capacidade de socializar e reforçar ramificações sociais que irão interferir no progresso, na carreira e no meio acadêmico. Por outro lado, se a pessoa tem um trauma no passado que dificulta a vida no presente talvez prefira ler sobre a Psicoconstrução em que o neurocientista elabora uma terapia baseada no mapeamento da memória primitiva." Como nos explica Abreu, esta memória está impressa no nosso ADN e determina como nos comportamos ou reagimos.Compreender o nosso problema que se encontra no inconsciente e recriar novos engramas que amenizem a dor através de mudanças comportamentais é o objetivo.“É minha convicção profunda que, mesmo na sua extrema complexidade, o ser humano tem a capacidade, quando bem orientado, de encontrar caminhos que o afastem do que o transtorna, muitas vezes sem necessidade de medicação ou terapias infinitas. Este é o meu grande objetivo, fazer com que cada um tenha capacidade de se conhecer e sobretudo ter noção daquilo que o afeta para dessa forma conseguir lidar com isso da melhor forma."