A vacina da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca é produzida em parceria com a Friocuz no Brasil - Tomaz Silva / Agência Brasil
A vacina da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca é produzida em parceria com a Friocuz no BrasilTomaz Silva / Agência Brasil
Por Lucas Cardoso
Rio - A segunda fase de envase das vacinas fabricadas pela Fiocruz em parceria com a Oxford/ AstraZeneca começa neste sábado. Realizado no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a etapa consiste na formulação e fracionamento dos insumos que chegaram e foram descongelados na quinta-feira. Segundo a fundação, a produção deve concluir um lote de 400 mil doses de pré-validação previstas para a primeira etapa.
A envase é a terceira fase de um procedimento que começou na última quinta-feira, com o descongelamento do composto Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covid-19. Nessa etapa, o insumo passa por um processo de diluição e é acrescida uma solução para garantir a manutenção das propriedades da vacina e possibilitar a sua armazenagem de 2 a 8ºC. Só após esse processo é possível iniciar a envase, onde o líquido é inserido, de forma automatizada, em pequenos frascos de vidro
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O insumo IFA faz parte do primeiro lote com 90 litros recebido pela fundação no início do mês, a uma temperatura de -55°C. O material deve garantir a produção de até 2,8 milhões de doses da vacina, de um total de 15 milhões.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira, primeiro dia de envase, o diretor do Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, explicou o passo a passo do processo até a liberação dos lotes para a imunização. "Hoje é um dia muito importante porque essas doses vão estabelecer todo o processo de produção daqui em diante. A partir dos lotes de validação, é iniciada efetivamente a produção e temos a expectativa de entregar as primeiras vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre os dias 15 e 19 de março", explicou o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma.

As doses envasadas nessas primeiras etapas seguem para o Controle de Qualidade interno de Bio-Manguinhos, onde uma análise será feita. O processo deve garantir a sua integridade e segurança. A Fiocruz vai escalonar a produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.
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