Domingo de Carnaval teve movimentação de cariocas e turistas na orla de Ipanema, na Zona Sul do Rio - Estefan Radovicz
Domingo de Carnaval teve movimentação de cariocas e turistas na orla de Ipanema, na Zona Sul do RioEstefan Radovicz
Por Lucas Cardoso
Rio - Diferente dos tradicionais fins de semana de carnaval, quando milhões de cariocas e turistas aproveitam a folia dos blocos, quem foi às ruas na manhã e início da tarde deste domingo não viu nenhum confete ou serpentina. A reportagem de O DIA esteve em bairros do Centro, Zona Norte e Zona Sul, e não flagrou aglomerações, mas o desrespeito ao uso de máscara foi recorrente em todas elas.  
Mesmo com manhã de sol forte, nem as praias da Zona Sul, Ipanema, Leblon, Copacabana e Leme, registraram faixa de areia abarrotada. Apenas movimentação normal no calçadão e ciclovia. A cena se repetiu nas áreas de lazer da Av. Vieira Souto e Atlântica. Chamou atenção, contudo, o número excessivo de pessoas circulando sem máscara tanto na orla quanto em ruas no entorno. 
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No Centro, a Lapa,  tradicional ponto de encontro dos foliões, também foi palco para desrespeito à obrigação do uso da proteção. Nas Escadaria Selaron, grupos de turistas posavam para fotos e passeavam sem máscara, embora PMs estivessem no local. Questionados sobre a falta do item, um grupo de turistas, que não quis se identificar, disse não ter medo do vírus. 
Ao todo, a reportagem percorreu seis bairros: Maracanã, na Zona Norte, Lapa e Catete, no Centro. Na Zona  Sul, Leme, Copacabana, Ipanema e  Leblon. 
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Para a turista baiana Ilda Reis, 57, que usava máscara, o comportamento do carioca assusta e mostra uma realidade inesperada. "Lá na Bahia não deixam nem a gente entrar no ônibus sem isso (apontando para a máscara). Ficamos em choque quando pegamos o ônibus pela primeira vez aqui. Vindo para a praia hoje foi a mesma coisa", contou Ilda, que visitava a praia de Copacabana com os filhos Alessandra de Souza, 37, Fernando de Souza, 32, e o neto Samuel de Souza, de 10.
Dias melhores
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Acostumado com movimento intenso na orla durante os carnavais passados, o ambulante Marcelo Pires, de 52, lamentou a baixa clientela, mas se disse esperançoso para o restante do ano e 2022. "É estranho ver a cidade desse jeito, mas tem um bom motivo. Espero que essas vacinas venham logo e cheguem para todo mundo. 2020 foi muito difícil. Que nós possamos ficar tranquilos no ano que vem", disse o ambulante vendedor de açaí.
De olho nas aglomerações
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De acordo com a Secretaria Estadual de Ordem Pública (SEOP), desde a sexta-feira, 12, início das ações de combate a aglomerações no período que seria do carnaval, já foram feitas 43 inspeções sanitárias, com 25 autos de infração, 14 interdições e sete apreensões de equipamentos de som.