'Fatos são graves e falam por si só', diz delegado sobre prisão de Belo
Cantor, sócios de produtora e chefe do tráfico do Parque União foram alvo de operação da Delegacia de Combate às Drogas
Rio - O delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Gustavo de Mello de Castro, informou que o cantor Belo, preso na tarde desta quarta-feira, está respondendo por quatro crimes: Infração de medida sanitária, epidemia, invasão ao prédio público (esbulho possessório) e organização criminosa. "Os fatos são graves, falam por si só. Além de gerar uma grande aglomeração de pessoas, houve uma invasão a uma escola pública, que causou dano ao erário público. Além da festa ter sido capitaneada pelo traficante local, o Alvarenga", contou Castro.
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Para o delegado, a realização do show fortalece o tráfico local. "Ao realizar o show, ele promove toda a engrenagem do narcotráfico no interior daquela comunidade. A gente tem relatos de pessoas armadas, de crianças consumindo drogas, então, quando ele aceita realizar o evento no interior da comunidade, dentro de uma escola invadida, com invasão até da sala de aula, ele faz com que aquela facção se fortaleça".
Sobre o crime de epidemia, o titular contou que consiste em causar epidemia, mediante a propagação da doença. "O crime de epidemia tem uma pena muito alta, porque causa o risco de morte. Quando a gente está vivenciando esse estado de epidemia com diversas restrições decretadas pelo município e estado, quando a gente reúne esse grande número de pessoas em um mesmo evento, a gente impulsiona a epidemia de uma forma muito rápida.
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Questionado se a ação teve um peso maior pelo cantor já ter sido preso, o delegado negou. "Ele é um cantor experiente, já vivido, deveria ter avaliado melhor aonde iria realizar o show. Ele poderia ter optado a não ir naquele local".