Preso após show na Maré, Belo alega que não sabe reconhecer comunidades e 'áreas de risco' no Rio
O artista também negou ter contato com traficantes de drogas e pessoas armadas
Rio - Assim que foi preso nesta quarta-feira, Belo prestou depoimento à Delegacia de Combate às Drogas, na Cidade da Polícia, e afirmou não saber diferenciar 'muito bem' quando um local do Rio é ou não uma comunidade, por ser oriundo de São Paulo. O cantor teve a prisão preventiva decretada devido a um show que fez na favela Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, mas já teve um habeas corpus concedido pela Justiça no plantão noturno e aguarda o alvará de soltura para deixar o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Ainda em depoimento, o cantor foi questionado se sabia quem era o chefe do tráfico de drogas onde o show foi realizado, e respondeu que não, alegando não saber que o local era uma 'área de risco'. Belo ainda contou que não sabe antecipadamente os locais onde serão suas apresentações. As informações sobre o depoimento são da Globonews.
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O artista narrou o momento em que saiu de casa até o local da apresentação, disse que apenas entrou na van que o levaria até lá e desceu no Ciep, escola onde o show foi feito. Belo também negou qualquer envolvimento com traficantes e pessoas armadas. Ele também contou que não viu ninguém na plateia portando armas de fogo pois precisa ficar concentrado nos detalhes do show e no teleprompter (aparelho que transmite as letras da música), o que torna ainda mais difícil a identificação desses detalhes no meio da multidão.
Além de Belo, Célio Caetano e Henrique Marques, sócios da Série Gold, e Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, acusado de chefiar o tráfico de drogas na Favela Parque da União, também tiveram suas prisões preventivas decretadas.
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Em nota, o cantor e família pediram desculpas pelo acontecido e dizem estarem surpresos com o pedido de prisão preventiva. Segundo a nota de sua assessoria, o cantor estaria ciente da gravidade sanitária e teria pedido desculpas por ter se apresentado em um local com aglomeração. Ele segue argumentando que o show foi legalmente contratado pela produtora Série Gold e questionou o fato de outros eventos culturais em outra regiões da cidade não terem sido investigados.
A Polícia também investiga como o show teria sido realizado em uma escola estadual do Parque União, sem a autorização das autoridades de Saúde, configurando uma invasão ao colégio, que segundo a investigação, teve suas salas de aula usadas como camarotes.
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Tanto o cantor como os demais investigados irão responder pelos crimes de infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.
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