Profissionais terceirizados da educação protestam na sede da Prefeitura - Estefan Radovicz /Agência O DIA
Profissionais terceirizados da educação protestam na sede da PrefeituraEstefan Radovicz /Agência O DIA
Por O Dia
Rio - Profissionais terceirizados da rede municipal educação realizam ato, na manhã desta segunda-feira, na sede da Prefeitura, no Centro do Rio para reivindicar salários atrasados. Merendeiras, serventes, auxiliares de serviços gerais, controladores de acesso de diversas empresas terceirizadas alegam estar sem receber o pagamento, em alguns casos o atraso chega há quatro meses. Segundo eles, o 13º também não foi debitado.
O protesto é realizado com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe). No local, profissionais carregam faixas e pedem o pagamento dos salários. "Paes, pague nossos salários e garanta nossos empregos", escreveram em uma das faixas. 
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A diretora do sindicato, Bárbara Sinedino, disse ao DIA que além dos atrasos, alguns contratos foram suspensos. "Está muito difícil. Há muita incerteza sobre a continuidade de trabalho. A prefeitura disse que até abril a retomada de aula da grande maioria das escolas já vai ter acontecido. Com isso, as merendeiras voltam a trabalhar também. O problema é que desde janeiro esses profissionais estão sem receber", afirmou indignada. 
No final do mês passado, os profissionais já haviam realizado um ato reivindicando o pagamento dos salários atrasados. Na época, os profissionais também criticaram o retorno das aulas presenciais. 
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"O pessoal vai ficar na linha de frente, se expondo, aferindo temperatura, distribuindo álcool, conferindo se tem máscara, é justamente o pessoal que está sem salário, e pior, sem nenhuma garantia de que vai manter esse contrato", acrescentou Bárbara.
Procurada pelo DIA, a Secretaria Municipal de Educação ressaltou que os profissionais não são da Prefeitura e a empresa contratada que é a responsável pelo pagamento dos salários. "As empresas para as quais os profissionais trabalham também respondem pelo pagamento de rescisão contratual e demais benefícios", informaram.

A pasta também informou que as merendeiras não trabalham nas escolas da rede municipal desde março do ano e o contrato está suspenso desde abril com a Coordenadoria Regional de Educação.

Ainda segundo a secretaria, as dívidas deixadas pela gestão anterior estão sendo analisadas. "Como os contratos foram deixados sem cobertura financeira, a Secretaria Municipal de Educação está trabalhando conjuntamente com a Fazenda para identificar uma solução o caso", afirmaram.