PM envolvido em roubo de petróleo se entrega à polícia
Marcelo Queiroz era considerado foragido da Justiça; nesta manhã, agentes prenderam quatro pessoas ligadas ao crime
Rio - O chefe de uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis em municípios da Baixada Fluminense se entregou à polícia da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) na tarde desta terça-feira. Ele foi identificado como Marcelo Queiroz dos Anjos, um capitão da Polícia Militar, lotado na Ajudância Geral, no QG da PM.
Queiroz era considerado foragido da operação Porto Negro, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo PM furtou ao todo 169,5 mil litros de petróleo e causou um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões para a Transpetro/Petrobrás.
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Nesta manhã, durante a operação, agentes prenderam quatro suspeitos de integrar a organização criminosa. Os policiais deveriam cumprir cinco mandados de prisão - Marcelo Queiroz dos Anjos era o último que faltava -, além de 14 de busca e apreensão.
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Investigação
As investigações contra o grupo criminoso duraram seis meses. O início se deu após uma descoberta de perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim em junho de 2020. Logo depois, a polícia encontrou buracos para furto de petróleo em Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada Fluminense. Ao todo, foram furtados 169,5 mil litros do combustível em três roubos diferentes.
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O petróleo furtado no Rio de Janeiro era transportado para a cidade de Rolândia, no Paraná, para adulteração e posterior revenda. Na cidade paranaense, os agentes cumprem mandado de prisão e de busca e apreensão contra um empresário que já foi preso pela DDSD na operação Sete Capitães II, em dezembro de 2020.
Possíveis funcionários da Petrobrás envolvidos
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O Ministério Público do Rio (MPRJ) irá investigar se funcionários da Petrobras passam informações privilegiadas sobre a localização dos dutos de petróleo para os integrantes da organização criminosa especializada em furtar o material, na Baixada Fluminense. A Polícia Civil também garantiu que irá dar continuidade nas investigações da operação Porto Negro.
"A certeza é de que há mais pessoas envolvidas, isso é certo. A investigação vai continuar para identificar as outras pessoas, e a gente trabalha com a possibilidade concreta de que alguém de dentro da empresa passa informação para quadrilha", afirmou o promotor Rogério Sá Ferreira, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP).
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Procurada pelo DIA, a Petrobrás informou que não têm evidências de que funcionários estejam ligados aos furtos e que irá colaborar com a investigação.
Confira a nota na íntegra:
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Não temos evidências da participação de empregados da Petrobras e da Transpetro em casos de furtos em dutos. A Petrobras e a Transpetro, em parceria, colaboram com as investigações das autoridades de segurança púbica e têm agido de forma integrada para coibir o crime de furto de óleo e derivados em dutos. A atuação em conjunto tem contribuído para prisões de integrantes de quadrilhas especializadas, bem como de receptadores e comerciantes de combustíveis ilegais, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, onde se concentra o maior número de ocorrências. As companhias têm como prioridade a preservação da vida e prezam pela segurança das pessoas e do meio ambiente.
Uma das medidas apoiadas e que está em pauta no Congresso Nacional é o endurecimento da pena para quem pratica esse crime. Apesar de o transporte de combustíveis por dutos ser seguro e eficiente, as intervenções criminosas podem trazer consequências graves para a comunidade, como incêndios, explosões, vazamentos, poluição e contaminação de áreas ambientalmente sensíveis.
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Além disso, disponibilizou um contato para que denúncias sejam feitas. O anonimato é garantido, a ligação é gratuita e o telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana: Whatsapp (21) 999920-168.