Pâmella Ferreira Andrade Martins, de 22 anos, estava grávida de nove meses. Bebê também morreu.
Pâmella Ferreira Andrade Martins, de 22 anos, estava grávida de nove meses. Bebê também morreu. Foto: Reprodução/Facebook.
Por O Dia
Rio - Após a perícia constatar que o bebê de Pâmella Ferreira, arrancado no ventre materno aos 8 meses, morreu por asfixia, investigações da 123ª DP (Macaé) querem descobrir se o crime tratou-se de homicídio doloso (com intenção de matar) ou um aborto. Em conversa com o DIA com exclusividade, o delegado titular Marcio Caldas, da distrital, explicou a apuração.
"Ficou essa dúvida. Será que a autora matou dolosamente a criança ou será que foi broncoaspiração [do líquido amniótico]? Já que a criança foi retirado do útero materno e não houve aquele tratamento que geralmente dá à criança, como aspirar o resto da placenta e desobstruir as vias respiratórias, aí deixa se ser um homicídio e vira um aborto. Mas o laudo vai definir", esclareceu o delegado.
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Além disso, o delegado a distrital também apura a possibilidade da suspeita ter agido com a ajuda de um cúmplice. "A gente não descarta essa possibilidade", revelou Caldas.
O caso
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Pâmella foi encontrada morta no banheiro de casa, com golpes de arma branca espalhados pelo corpo. Ela estava grávida de 8 meses e teve seu bebê arrancado durante o ataque. O homicídio aconteceu na última quarta-feira (17) na comunidade de Nova Holanda, em Macaé, interior do Rio. 
Um laudo preliminar feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, divulgado nesta quinta-feira (18), mostrou que Pâmella Ferreira Andrade Martins, de 21 anos, morreu devido a uma perfuração no coração. Já o bebê, que ainda estava na barriga dela, morreu de asfixia com o líquido amniótico, segundo a perícia. 
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O IML apontou também que ela teria sofrido dois cortes no rosto, dois no abdômen e vários golpes na região torácica, um deles resultou na perfuração cardíaca. Em seguida, a barriga da gestante foi cortada  para a retirada do bebê. O laudo ainda levanta a possibilidade dos ferimento terem sido causados por um estilete ou canivete. 
Durante as investigações, a Polícia encontrou um estilete na bolsa da mulher suspeita de cometer o crime. Ela, identificada como Priscila Torquato, de 22 anos, foi transferida na tarde desta quinta-feira para o Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes. 
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Os corpos de Pâmella Ferreira Andrade Martins e do bebê foram enterrados na manhã desta sexta-feira (19) no Cemitério Bosque das Acácias, em Macaé, no interior do Rio.