Delegacia do Consumidor (Decon)
Delegacia do Consumidor (Decon)Divulgação/PCERJ
Por O Dia
Rio - Policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) prenderam, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio, um médico que realizava procedimentos cirúrgicos sem alvará e sem condições sanitárias. No momento da abordagem, para não ser preso, ele ofereceu R$ 50 mil a um dos agentes, e acabou autuado também por corrupção ativa. A ação, que ocorreu nesta sexta-feira (19), marcou o último dia da Operação Semana do Consumidor. O nome do médico não foi duvulgado.
No consultório, que funcionava em uma sala de um shopping center, havia duas pacientes passando por intervenções cirúrgicas e outras três aguardando na sala de espera. Segundo os agentes, havia mais cinco pacientes fora da sala, também esperando atendimento. Para garantir a segurança das mulheres, a Decon precisou solicitar que o Samu fizesse a remoção delas para hospitais da região.
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Entre os procedimentos realizados de forma irregular no consultório, estavam lipoaspiração e hidrolipo. O preso também administrava anestésicos aos pacientes. De acordo com o apurado, o médico é o segundo profissional da área com mais indiciamentos.
Balanço das ações
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As ações da Semana do Consumidor ocorreram desde segunda-feira (15), quando a Decon fechou uma distribuidora de alimentos e laticínios em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No local, foram encontrados centenas de produtos impróprios para consumo, como leite, manteiga e iogurte. Todas as mercadorias precisaram ser inutilizadas para não haver risco de chegarem aos clientes, e um homem foi preso.
Em outras ações, os agentes se depararam com carnes impróprias para o consumo. Os casos ocorreram em um mercado de Higienópolis e em um açougue de Cascadura, ambos na Zona Norte do Rio. Mais de 200 quilos da mercadoria foram inutilizados.
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Uma clínica odontológica clandestina também foi alvo da delegacia. O consultório, em Magalhães Bastos, Zona Oeste do Rio, era um laboratório de próteses sem qualquer tipo de condições sanitárias em que também eram feitos atendimentos clínicos. O responsável pelo local foi preso em flagrante por exercício irregular da medicina e por crime contra o consumidor.
Sete optometristas – profissionais responsáveis pela avaliação primária da saúde visual – desempenhavam irregularmente o trabalho de oftalmologistas. A Decon encontrou, ainda, outras irregularidades nos estabelecimentos visitados.
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Na quarta-feira (17), os agentes fizeram uma fiscalização no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No local, foram vistoriados os medicamentos, que estavam todos dentro do prazo de validade e respeitando as temperaturas de armazenagem e a forma de acondicionamento.