Edson Santana de Araújo, de 42 anos, foi morto a tiros em um bar, próximo de sua residência
Edson Santana de Araújo, de 42 anos, foi morto a tiros em um bar, próximo de sua residência Reprodução / WhatsApp do DIA (98762-8248)
Por Jorge Costa*
Rio - O estoquista Edson Santana de Araújo, de 42 anos, foi morto a tiros no começo da noite do último domingo (21) no bairro de Shangrilá, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. De acordo com as primeiras informações, o crime teria sido provocado por ciúmes. A suspeita é que o ex-marido da mulher com quem a vítima se relacionava não aceitava que a antiga companheira se envolvesse com outra pessoa.

O homicídio aconteceu em um bar próximo a casa de Edson. O enterro da vítima aconteceu na tarde desta terça-feira no Cemitério Municipal de Belford Roxo, no bairro Solidão. Ele deixa dois filhos, um de 18 anos e outro de 21.
Uma pessoa que preferiu não se identificar e que conhecia Edson, classificou ele como alegre, querido e trabalhador. Além disso, disse que ele morava no Rio há sete anos. "Ele veio para o Rio a trabalho e ficou morando com a avó dele. Ele trabalhava e mandava o dinheiro para ajudar a mãe dele lá de Sergipe cuidar dos filhos. Ninguém está acreditando nessa crueldade que fizeram com ele", disse.
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A pessoa revelou também que o criminoso era um ex-companheiro da mulher com quem a vítima se relacionava. "Ele (a vítima) estava se relacionando com a ex-mulher desse assassino. Era um relacionamento confuso. O Edson não estava mais com ela, porém, eles frequentavam os meus lugares. Esse ex-marido dela não aceitava ela ter largado ele", conta.
Disse ainda que a vítima recebia ameaças de um número desconhecido. "No dia do crime, ele estava vindo embora com essa mulher de um bar. No meio do caminho, ele encontrou um amigo e foi perguntar a ele se esse cara tinha dado o telefone dele pra alguém, porque o criminoso estava ameaçando ele. Eles ficaram conversando um tempo, e nisso, chegou o assassino de moto e deu vários tiros no Edson e ameaçou a mulher também. E inclusive ela sumiu, ninguém sabe onde ela está, ela não fala. Ela colaborou com a polícia, mas teve que fugir porque ele também ameaçou ela de morte", continua.
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"Me falaram que ele (o assassino) é foragido de outro estado, acho que é a Paraíba, uma amiga perguntou pra essa ex-mulher se ela voltou para onde morava. Ela disse que não poderia voltar, mas não contou direito ao certo. A gente quer justiça. Queríamos saber o que aconteceu, quem está envolvido."  
Ao ser questionada se essa pessoa teria certeza de que o assassino é realmente o ex-companheiro da mulher com quem Edson estava se relacionando, a fonte anônima respondeu que sim. "A própria mulher que estava com ele no dia fala no áudio fala que foi ele. Ela viu, ficou gritando, pedindo: "pelo amor de Deus, não faz isso!". Então tem o áudio dela falando e fora outras pessoas que viram e são testemunhas."
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Sobre a justiça pela morte do estoquista, a fonte diz acreditar primeiramente na justiça de Deus e que já entregou todas as provas para a polícia. "Acreditamos em primeiro lugar na justiça de Deus, que ele venha a fazer a justiça, e esperamos que a polícia faça o trabalho deles. Já demos tudo para a polícia, a ex-mulher do assassino já falou tudo que tinha que falar, tem áudios, provas, testemunhas, tudo. Esperamos que a polícia faça o trabalho dela. Ele não merecia morrer dessa forma", concluiu.

Procurada pelo DIA na manhã desta terça (23), a Polícia Civil informou que a perícia foi realizada no local e que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está realizando a investigação do crime.
*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes