Sindicato dos servidores da saúde da rede federal protestam por vacinação de profissionais da linha de frente
Sindicato dos servidores da saúde da rede federal protestam por vacinação de profissionais da linha de frenteDivulgação
Por O Dia
Rio - Na manhã desta quarta-feira (24), servidores de saúde foram às ruas para pedir a vacinação de profissionais de saúde da linha de frente da pandemia. Segundo o Sindprev (Sindicato dos Servidores de Saúde Federal), apenas 30% da categoria, que lida diretamente com pacientes infectados pela Covid-19, recebeu a vacina.
Além disso, os servidores também reivindicam melhores condições de trabalho, a contratação de pouco mais de 4 mil profissionais demitidos e a retirada da ementa emergencial de congelamento dos salários. O Sidprev também se posicionou contra a estadualização dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
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"Inicialmente a manifestação era contra a contratação dos demitidos, contra a ementa emergencial, que retira o direito dos servidores, impõem um congelamento de mais de 15 anos nos seus salários quando a gente já está há seis congelado. E pela vacinação para todos, porque hoje menos de 30% da rede federal foi vacinada. Só que com a notícia da estadualização da rede, o ato acabou girando em torno disso, pelo histórico do estado em não conseguir gerir as suas unidade, de ser na verdade um grande 'coveiro' de hospitais público", explicou Cristiane Gerardo, dirigente sindical do Sindprev e técnica de enfermagem.
Segundo o diretor da Sindprev, a estadualização de unidade federais seria apenas uma manobra para que as verbas do governo federal chegassem nas mãos do governo estadual. "Se o estado não tem condições de gerenciar e administrar as suas redes, como vai querer gerenciar a rede federal? A gente sabe o que tem por trás disso. É apenas a verba federal que o governo do estado quer", afirmou o Sidney Castro.
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De acordo com a dirigente da Sindprev, as articulações com parlamentares federais já iniciaram. "Prédios da união, para serem cedidos, tem que passar pela consulta legislativa, a casa legislativa é que tem que dar autorização para esse tipo de convênio. E assim, não pode o governo do Estado e o Flávio Bolsonaro, que é quem está articulando essas negociações, acharem que a rede federal é o quintal da casa deles. Eles vão lá, negociam, cedem, vendem sem que a casa legislativa se debruce sobre isso", esclareceu Gerardo.
 
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"A demissão em massa foi uma estratégia do governo para fazer a entrega da rede federal ao estado para privatização. O estado foi apenas atravessador da estrutura pública para a privatização. É esse o papel que o estado está cumprindo, o mesmo papel que ele já fez em toda a sua rede própria que levou ao desmonte e sucateamento. Não tem um único hospital da rede estadual de saúde que ele possa dizer que funciona em sua plenitude, todos eles estão sendo subtilizados, quando eles não foram fechados ou demolidos. Como é o caso do Instituto São Sebastião", argumentou Cristiane Gerardo.