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Rio registra ruas vazias em 1º dia de feriado emergencial contra covid-19
Às 8h havia 2 km de trânsito contra os 36 km das últimas três semanas, queda de 94,4%
Rio - No primeiro dia do feriado decretado pelo Governo do Rio para conter o contágio de covid-19 no estado, a capital registrou ruas vazias e o trânsito menos congestionado do que o normal. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, às 6h da manhã não houve registro de congestionamento na cidade, enquanto que nas últimas três semanas havia 4 km de trânsito.
Às 7h, foram registrados 2 km de trânsito na cidade, ante 17 km que ocorreram nas últimas três sextas-feiras. Às 8h também havia 2 km de trânsito contra os 36 km das últimas três semanas, a queda no tráfego de veículos foi de 94,4% neste horário. Já às 10h, havia 8 quilômetros de trânsito. Nas três sextas-feiras a média era de 35 km para o mesmo horário.
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Em Niterói, que anunciou restrições em conjunto com o Rio, a areia da Praia de Icaraí ficou praticamente vazia. A cidade permitiu atividades físicas ao ar livre até às 10h, e após 18h. A reportagem do DIA flagrou um homem sendo repreendido pela Guarda Municipal, que faz a fiscalização. Ele andava pela areia da praia, o que é proibido.
Já na Região dos Lagos do Rio, o trânsito foi intenso na manhã desta sexta-feira (26). Além da movimentação de veículos, uma barreira sanitária na altura de São Pedro da Aldeia, sentido Região dos Lagos, fiscaliza quem poderá entrar nos municípios litorâneos. Até a manhã, a RJ-124 registrava 3km de congestionamento por conta da barreira sanitária montada em São Pedro da Aldeia.
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Em algumas cidades, como Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo, hóspedes de hotéis devem mostrar o comprovante de reserva para entrar nos municípios. Motoristas que passaram pela RJ-124, a Via Lagos, afirmaram ao DIA que muitos veículos têm passado com "o porta-malas lotado". "O trânsito, dá para perceber, não está exatamente ruim por conta da movimentação. Mas muitos carros que passam estão com o porta-malas lotado de malas. Famílias, pai, mãe, filho, cachorro", contou um motorista de aplicativo.
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Manifestação em Copacabana
Um grupo com dezenas de pessoas realizou um protesto na Avenida Atlântica, em Copacabana, na Zona Sul do Rio na manhã desta sexta-feira (26). Manifestantes com bandeiras do Brasil e vestindo roupas verde-amarelo gritavam palavras de ordem contra as restrições nas atividades econômicas para frear o contágio de covid-19, como "queremos trabalhar". Cartazes criticavam o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
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Taxa de mortalidade em leitos de UTI no Rio está em 40%
Os dez dias de restrição decretados pela Prefeitura do Rio pretendem diminuir a circulação do vírus na cidade. O município espera, com a medida, diminuir as taxas consideradas alarmantes pela Secretaria Municipal de Saúde.
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De cada dez pessoas internadas em leitos de UTI COVID na rede municipal do Rio, no mínimo quatro delas vão a óbito. A taxa de mortalidade de 40%, quase metade, assusta e mostra a gravidade do cenário do vírus. A cidade tem batido recordes diários de hospitalizações e vive o pior momento desde o início da pandemia. Atualmente, são 663 internados em UTI, 200 a mais do que no primeiro dia do mês.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, alertou para a disparada no número de internações diárias. A taxa que transitava entre 30 internações diárias disparou para 150 por dia.
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