Evento com mais de duas mil pessoas é fechado pela fiscalização da Prefeitura do Rio e pela PM
Evento com mais de duas mil pessoas é fechado pela fiscalização da Prefeitura do Rio e pela PM Reprodução TV Globo
Por Anderson Justino
Rio - A capital fluminense teve neste domingo (28) cenas de desrespeito às regras de isolamento social, que servem para frear a contaminação da Covid-19 e impedir a ocupação de todos os leitos destinados para pacientes diagnosticados com a doença. Em Vargem Grande, na Zona Oeste, Fiscais da secretaria de Ordem Pública (Seop), com o apoio da Polícia Militar, fecharam uma casa de shows e encerraram uma festa clandestina com mais de duas mil pessoas.
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Era apenas o terceiro dia do decreto estadual e municipal que estendeu o feriadão de dez dias. Nas praias da orla carioca, centenas de banhistas não respeitaram as novas regras da Prefeitura do Rio e decidiram ficar nas areias. O decreto publicado pelo prefeito Eduardo Paes libera somente esportes individuais. as novas regras ainda valem por uma semana e termina no dia 4 de abril.
FIM DE FESTA NO COLÉGIO E PRAÇA CHEIA EM IRAJÁ
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No bairro Colégio, na Zona Norte, a fiscalização da prefeitura encerrou uma evento de aniversário que acontecia de forma ilegal com um alto número de convidados.
Houve também registro de aglomeração na Praça Ipupiara, conhecida como Praça da Light, no bairro Irajá. Moradores contaram que muitos quiosques funcionaram normalmente sem se preocuparem com a fiscalização. Os comerciantes colocam diariamente mesas e cadeiras para atender os clientes, no período da noite, descumprindo a norma municipal, que permite apenas o funcionamento com entregas.
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"Pelo que entendi, a doença deve ter acabado no Brasil. Acredito que somos um exemplo para frear a Covid-19. Todo mundo nas ruas sem se preocupar com a contaminação. Acho que todos já estão vacinados", reclamou uma moradora do bairro.
AGLOMERAÇÃO NA PISCINA E MUITO SOM
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Através das redes sociais, moradores da Taquara denunciaram uma festa de música eletrônica com mais de 300 pessoas que se aglomeravam em uma pisciana, no bairro da Zona Oeste. Em meio ao caos da pandemia, o evento atraía o público com a seguinte frase "nada melhor que uma piscina, bebida gelada, amigos reunidos".
Fiscais da Prefeitura do Rio e policiais militares foram ameaçados pelos frequentadores do evento. A prefeitura disse que o organizador do evento foi punido e a casa de shows multada e fechada.
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AGLOMERAÇÃO E HOMENS ARMADOS NA MARÉ
No Parque União, no Complexo da Maré, houve festa com aglomeração de pessoas que começou na noite de domingo e foi até a manhã desta segunda-feira. A imagem flagrada pelo Globocop mostra homens armados com fuzis circulando entre dezenas de moradores que estavam reunidos na rua. 
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TAXA DE ACUPAÇÃO E FILA DE ESPERA
Pelo sexto dia consecutivo o Estado do Rio apresentou alta na fila de espera por um leito de Covid-19. São mais de 900 pacientes que aguardam por uma vaga.
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A taxa de ocupação de leitos SUS no estado está em 92% nas UTIs e 79% nas enfermarias, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Já na capital, a taxa é de 95% nas UTIs e 88% nas enfermarias. O setor privado também está atingindo a capacidade total, com 95% dos leitos ocupados.
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"O Rio de Janeiro chegou em uma situação preocupante. Ao mesmo tempo que verificamos um crescimento na transmissão do vírus, identificamos o aumento nos atendimentos de urgência e emergência, causando a exaustão dos profissionais envolvidos nesses setores”, disse ao Bom Dia Rio Graccho Alvim, presidente da Associação de Hospitais Particulares.