Saltimbancos
SaltimbancosReprodução
Por O Dia
O Dia Nacional do Circo foi celebrado no último sábado. E, para valorizar todos os profissionais desta atividade cultural tão representativa no país e, em especial, no território fluminense, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa apoiou 17 grupos no âmbito da Lei Aldir Blanc durante a pandemia da Covid-19.
Os primórdios da tradição circense remontam ao período da Antiguidade e o formato parecido com o que conhecemos atualmente já existia no Império Romano. Tamanha tradição não impede que o circo venha se modificando e incorporando recursos modernos. Que o digam grupos que atuam no Rio.
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Apesar das dificuldades enfrentadas neste momento turbulento, as companhias vêm lutando para manter sua coesão. Um dos 17 grupos beneficiados foi o Estoril, que conta com um total de 62 pessoas, entre artistas e equipe de produção.
As famílias que vivem dessa atividade encantadora passaram por dificuldades no ano passado, por conta do isolamento social e a proibição dos espetáculos, mas a ajuda apareceu por diversos caminhos, impedindo a interrupção de um trabalho de gerações.
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Nivaldo Júnior, que comanda a trupe, herdou suas habilidades circenses da família portuguesa, que veio de Portugal para o Brasil no fim do século XIX. O Estoril já percorreu todos os estados brasileiros e até parte da América Latina, levando atrações tradicionais como palhaços, malabaristas e contorcionistas. No entanto, vem se destacando cada vez mais com números modernos, como os de ilusionismo.
"Fazemos aparecer um helicóptero. Pelo ilusionismo, um carro vira robô e até lançamos um homem-bala a 15 metros de altura. As crianças adoram, mas na realidade os pais e avós vibram ainda mais", conta.
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Circos buscam modernidade
A modernidade também tem sido buscada pelo Saltimbanco. Apesar de ser especializado em apresentações clássicas, o circo vem inovando para se adaptar à internet. Os números são gravados e exibidos em redes sociais ou transmitidos através de lives.
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Por conta do agravamento da Covid-19, suas próximas apresentações foram canceladas, tanto no Rio quanto em Niterói, mas o público pode acompanhar a trupe através do Facebook e Instagram, este pelo perfil @circoteatrosaltimbanco.
"A internet virou nosso picadeiro. Ainda estamos nos aperfeiçoando nas filmagens e transmissões, e precisamos aumentar o número de seguidores. Mas é um caminho sem volta. Mesmo quando tudo estiver normalizado, essa tecnologia vai nos acompanhar para sempre", afirma Jonathan Cericola, palhaço e diretor do Saltimbanco, que comanda trupe de oito artistas.
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Como em muitos circos brasileiros, no Saltimbanco os artistas também assumem parte da produção. Além da versatilidade, a dedicação e o amor ao picadeiro fazem com que essa tradição nunca morra.
Celebrado todo 27 de março, o Dia Nacional do Circo é uma homenagem ao palhaço Piolin. O nome artístico foi utilizado pelo paulista Abelardo Pinto (1897-1973), que dedicou a vida inteira aos picadeiros. A data foi escolhida por ser seu dia de nascimento.
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