Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj)
Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) Tânia Rêgo/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) inaugurou, nesta segunda-feira, um ambulatório multidisciplinar para o tratamento de pessoas com sequelas da covid-19. Diretor médico do hospital, Rui Teófilo Filho afirmou que pelo menos 10% dos pacientes que se recuperam da doença mantém algum sintoma após a recuperação. A expectativa é atender 300 pacientes por semana.
A equipe clínica responsável pelos atendimentos inclui médicos especialistas – cardiologistas, neurologistas, nefrologistas e clínicos – além de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Para conseguir atendimento, o paciente deverá ser inserido no Sistema de Regulação Única (Sisreg), para só depois ser encaminhado ao Hupe.
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Desde 2020, o Hospital Universitário Pedro Ernesto já trabalha com atendimento de pacientes que tiveram sequelas do novo coronavírus. O que antes era uma ala, agora se transformou em um ambulatório específico com cuidados especiais.

A equipe clínica responsável pelos atendimentos inclui médicos especialistas – como cardiologistas, neurologistas, nefrologistas e clínicos -, além de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. No local, todos os pacientes passarão por uma triagem da enfermagem, consulta com clínico geral, avaliação de fisioterapia (motora e respiratória) e conversa com assistente social. Após o primeiro atendimento, os pacientes serão encaminhados, se necessário, para as consultas com especialistas.

Para Dr. Serginho, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, a unidade poderá servir de referência para outros locais.

"O objetivo dessa inauguração é atender a população e também que o Estado do Rio possa se tornar referência no tratamento pós-covid. Estamos sendo pioneiros e queremos continuar avançando no enfrentamento ao coronavírus", afirmou.

Segundo o diretor do Hupe, Ronaldo Damião, são considerados com a síndrome pós-Covid os pacientes que, mesmo após três meses da fase aguda da doença, continuam com sintomas respiratórios ou problemas de ansiedade e depressão.

"A ideia é que este ambulatório multidisciplinar seja integrado de forma permanente à rotina de atendimento do hospital. Todos os profissionais envolvidos já têm experiência no enfrentamento da doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 10% dos pacientes que contraem o vírus desenvolvem a síndrome. Em todo o Brasil, seriam mais de 1,6 milhão de pessoas. No Rio, 85 mil pessoas devem ter sequelas da doença", explicou.