Hupe terá visitas virtuais para minimizar o isolamento dos pacientes internados com Covid
Iniciativa faz parte do projeto "PSI Covid", que reúne professores e alunos das áreas de Psiquiatria e Psicologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio (Uerj)
Rio - O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) encontrou na tecnologia uma aliada para diminuir o sofrimento dos familiares e pacientes da covid-19, com o isolamento imposto durante o tratamento da doença. Desde terça-feira (28), a unidade vem promovendo visitas virtuais nas alas destinadas aos doentes infectados pelo novo coronavírus, com o uso de aparelhos celulares portados pela equipe médica para realizar videochamadas.
A iniciativa faz parte do projeto "PSI Covid", que reúne professores e alunos das áreas de Psiquiatria e Psicologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio (Uerj). "A partir da demanda das equipes de profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia, surgiu a necessidade de se dar suporte a todos que participam dessa dinâmica”, afirma a médica Silvana Ferreira, chefe da Unidade Docente Assistencial (UDA) de Psiquiatria do Hupe.
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A professora contou com a ajuda da comunidade acadêmica, que contribuiu com doações de aparelhos de telefone celular. De acordo com Silvana Ferreira, os equipamentos são totalmente higienizados antes de serem utilizados. "Eles são necessários para que possamos fazer a chamada por vídeo, restabelecendo o vínculo familiar e contribuindo para a melhora da saúde emocional de todos os envolvidos, inclusive das equipes de saúde", diz ela, que divide a coordenação do projeto com o psicólogo e também professor da Uerj, Vinícius Darriba.
O isolamento prolongado pode provocar angústia, desesperança e até mesmo depressão, tanto para quem está internado quanto para seus parentes. Segundo Ferreira, por meio desse trabalho é possível criar maior interação da equipe com os doentes, promover o atendimento psicológico e oferecer acompanhamento psicoterápico a distância. "Nesse momento, precisamos nos reinventar, pensarmos para além das complicações da doença, ajudando de todas as formas na recuperação dos pacientes", ressalta.