Os advogados Thiago, Hugo Novas e Thaise Mattar deixando a 16 DP
Os advogados Thiago, Hugo Novas e Thaise Mattar deixando a 16 DPLuciano Belford / Agência O Dia
Por Bernardo Costa
Rio - Os três advogados que assumiram a defesa de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, chegaram à 16 DP (Barra da Tijuca), por volta de 13h50 desta quarta-feira. Eles afirmaram que tiveram acesso os autos da investigação, e afirmaram que "Monique precisa ser ouvida".
"A Monique precisa ter voz. Chegou o momento de a Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de prestar novo depoimento. E, neste momento, ninguém pode falar em nome da Monique. A estratégia que a defesa tem é exclusivamente uma: que a Monique diga a verdade", disse o advogado Hugo Novais.
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"Gostaria de dizer a todos que esperem, que deixem, que ouçam a Monique falar. Até agora, falaram por ela. Por incrível que pareça, a situação é tão trágica que a prisão da Monique, na verdade, representa a sua libertação contra a opressão e o medo", acrescentou a advogada Thaise Mattar Assad, dando a entender que Monique teria sido coagida em depoimentos anteriores prestados à polícia.
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Monique Medeiros está presa, juntamente com o namorado, o vereador Dr. Jairinho. Os dois são acusados de homicídio duplamente qualificado pela morte de Henry Borel, de 4 anos, no dia 8 de março.
"Assumimos a defesa de Monique Medeiros há apenas três dias. Hoje é a segunda vez que visitamos a delegacia e só agora teremos acesso ao inquérito", disse Minagé, que não antecipou que estratégia irá usar na defesa de Monique.
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Na saída da delegacia, os advogados repetiram por várias vezes a frase: "Deixem a Monique falar".
Ainda no contato com a imprensa após deixarem a delegacia, o advogado Thiago Minagé elogiou o trabalho do delegado Henrique Damasceno na condição das investigações: "O delegado está fazendo um excelente trabalho, extremamente profissional. E merece todos os elogios pela condução dos trabalhos. Nos recebeu de forma muito amistosa e nos deu acesso ao inquérito policial. São muitos documentos e agora vamos analisar todo o contexto".
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Também na tarde desta quarta-feira estão previstos os depoimentos de Thalita Souza, irmã de Jairinho, e de Leila Rosângela de Souza, a empregada doméstica de Monique e Jairinho.
Segundo depoimento da babá Thayná Oliveira Ferreira, Thalita e Leila tinham conhecimento das agressões que o menino Henry sofria por parte de Jairinho.