9/4/2021 - Daniel Soranz apresenta o 14º Boletim Epidemiológico
9/4/2021 - Daniel Soranz apresenta o 14º Boletim EpidemiológicoReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A cidade do Rio só tem doses para vacinar contra a Covid-19 até segunda-feira (19), quando mulheres de 61 anos serão imunizadas. Para que o calendário não seja interrompido, o Ministério da Saúde precisa confirmar a entrega de doses da Oxford/AstraZeneca, produzidas pela Fiocruz, nesta sexta-feira - a expectativa é receber 90 mil doses nesse lote. 
Atualmente, o Rio só tem vacinas de Oxford para imunizar com a primeira dose. As vacinas da Coronavac, entregues uma vez por semana, estão reservadas para a segunda dose. Na última quarta, a secretaria municipal de Saúde chegou a avaliar interromper o calendário por falta de vacinas. Mas uma remessa da Fiocruz saiu direto para o governo do estado, sem ser encaminhada pelo Ministério da Saúde, o que facilitou a distribuição das remessas ainda na quarta e permitiu a continuidade da programação na quinta. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que o Rio está "sempre no limite" das doses.
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"Isso é uma preocupação imensa porque estamos sempre no limite. Foi uma estratégia da prefeitura fazer um calendário acelerado, e estamos avançados na vacinação de idosos. Mas a gente tem estoques até segunda-feira. Estamos consumindo em média 30 mil doses por dia com a primeira dose. Nessa sexta a gente recebe mais doses da Fiocruz, nossa expectativa é receber 90 mil doses. Felizmente, já passa direto para o governo do estado. Se o Ministério da Saúde conseguir manter essa logística, a gente consegue suprir o calendário com as entregas da Fiocruz", comentou Soranz.
Falta de medicamentos do 'kit intubação' preocupa: unidades têm estoque para três dias
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Na apresentação do 15º boletim epidemiológico, desta vez sem a presença do prefeito Eduardo Paes, diagnosticado com Covid-19 pela segunda vez, o secretário Daniel Soranz reconheceu que também é baixo o estoque dos medicamentos hospitalares do chamado 'kit intubação' - sedativos e neuromusculares. Os hospitais têm feito remanejamento dos medicamentos - todos têm poucas unidades de remédio para que não falte em nenhum. Até mesmo os fármacos antes reservados para clínicas veterinárias estão sendo remanejados aos hospitais.
"Todas as cirurgias eletivas estão suspensas na cidade do Rio. Isso inclui cirurgias no centro de veterinária. Não faz sentido consumir itens essenciais para a intubação nas unidades veterinárias. Estamos utilizando todo esse material nas unidades em que tem um alto atendimento de pessoas com Covid. Todos os hospitais municipais, estaduais e federal têm abastecimento para três dias", afirmou Soranz.
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"A gente remaneja para que não falte em nenhuma unidade e a gente consiga manter um equilíbrio. Toda a rede SUS e a rede privada estão contribuindo para a manutenção desses insumos. Nenhum hospital deve ter estoques longos para a gente não faltar em outro. O ministro da saúde garantiu que vai receber um carregamento nesta semana".
O governo do estado do Rio afirmou, durante a semana, ter pedido um aditivo de 50% para que o Ministério da Saúde aumente o número de repasses. O painel de distribuição de medicamentos hospitalares do Ministério da Saúde aponta que a pasta fez um grande repasse entre julho e agosto de 2020 (260 mil medicamentos), primeira onda da pandemia. Esse número, no entanto, foi a quase zero no início do ano