O atual contrato com a de gestão do hospital se encerra no dia 29 abril e ainda não foi iniciado nenhum processo de renovação. Na mensagem, enviada por um dos diretores da unidade, os funcionários são informados que estão de aviso prévio desde a quarta-feira (14) por determinação do presidente da Cruz Vermelha do Brasil.
"Como sempre foi meu perfil enquanto diretor dessa unidade, informo aos senhores que a unidade inteira entrará de aviso prévio a partir da data de hoje. Por determinação do presidente da CVB. Reforço que isso é uma rotina da CLT por ainda não temos resposta da SMS quanto ao que será definido. Estou escrevendo para manter a transparência com todos e pedir que estejamos com nosso compromisso junto aos pacientes. João Paulo."
O funcionário que fez a denúncia relatou que 90% dos funcionários estão sendo convocados para assinar o aviso prévio. "Somente os terceirizados ainda não foram convocados, que são as equipes de tomografia e cozinha. Mas até eles serão desligados futuramente se a Prefeitura do Rio contratar outra OS", contou.
Pacientes intubados sofrem com a falta de sedativos desde o começo de abril
De acordo com um técnico de enfermagem do Hospital Albert Schweitzer, no começo de março a falta de sedativos já era uma realidade na unidade, no entanto, foi no início de abril que a situação ficou ainda mais complicada. “Antes tínhamos alguns pacientes sendo submetidos ao processo sem sedação, agora são todos os pacientes sendo amarrados nas camas por falta de medicamentos”, disse o técnico de enfermagem.
'A situação é trágica', diz Sindsprev do Rio
Segundo Cristiane Gerardo, dirigente regional do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e Previdência Social no Estado do Rio (Sindsprev/RJ), as unidades que o sindicato mais recebe denúncias são no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, e no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.
"São os dois hospitais que a gente está recebendo denúncias que está uma tragédia lá. Recebemos registros de pacientes sem sedação, recebendo outros medicamentos e amarrados lúcidos. O Hospital Federal Cardoso Fontes é o que está em uma situação melhor em relação a ter estoque para medicamentos", disse Cristiane Gerardo.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.