
A prisão ocorreu na segunda (19) às 10h, quando policiais militares do 37° BPM foram acionados e compareceram logo após tomar conhecimento dos fatos. Os agentes chegaram na casa das duas suspeitas e Brena Luani, a madrasta da menina, apontada como a maior responsável pela tortura, tentou fugir dos militares e foi cercada em seguida. A mãe, Gilmara Oliveira, não ofereceu resistência e as duas confessaram a participação no crime após serem detidas.
Segundo as investigações, as agressões e sessões de tortura eram constantes; Rosangela Nunes só ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) após a menina chegar próximo ao limite de sua vida. Por ter postergado o socorro até um estágio avançado de violência, a mãe da madrasta responderá por omissão.
Além das marcas de cigarro e queimaduras, a criança de seis anos também foi encontrada em estado de desnutrição e com inúmeros hematomas. As agressões eram feitas também com um fio de TV a cabo dobrado, socos e pontapés.
De acordo com os vizinhos que moravam próximo à casa da vítima, Brena Luani Barbosa Nunes sempre teve um histórico de ser uma pessoa problemática. Ela também responde pelo crime de lesão corporal por ter agredido a própria mãe, Rosangela Nunes.
O quadro clínico da menina é gravíssimo; ela deu entrada primeiramente no Hospital Municipal de Porto Real na manhã da segunda-feira (19), estava em coma e com diversos machucados pelo corpo. Foi realizado uma tomografia e os profissionais de saúde constataram uma lesão neurológica muito grave.
Após os primeiros socorros, ela foi transferida para uma UTI no Hospital particular Neovida, em Resende, por volta de 00h40 desta terça (20).
O caso é investigado pela 100° DP (Porto Real) que autuou as duas mulheres em flagrante pelo crime de tortura. Testemunhas estão sendo ouvidas e as investigações continuam.






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