UTI para tratamento de Covid-19  no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, Rio de Janeiro. Pacientes entubados na unidade de terapia intensiva do hospital municipal.
UTI para tratamento de Covid-19 no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, Rio de Janeiro. Pacientes entubados na unidade de terapia intensiva do hospital municipal.Daniel Castelo Branco
Por O Dia
Rio - Os cartórios do Rio de Janeiro registram um aumento de óbitos de pessoas com idades entre 20 e 59 anos, de acordo com dados do Portal da Transparência do Registro Civil. Com início em fevereiro de 2021 e aumento em março, a mudança do número de mortes por faixa etária acompanha proporcionalmente a vacinação dos idosos. O Rio continua sendo o estado do Brasil com maior taxa de letalidade, com 5,9%, enquanto a média nacional é de 2,7%. 
Até março, os óbitos de pessoas entre 20 e 29 anos representavam, em média, 0,95% das mortes por Covid-19. Em abril, teve um aumento de 50% nesta faixa etária, e passou a quase 1%. Já a quantidade de óbitos de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em média, 2,8% das mortes, subiram para 4,2% em abril. O crescimento representa 49% no número de mortes por Covid-19.
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A faixa etária mais afetada pela doença, neste momento, é a de 40 a 49 anos. Em janeiro de 2021, os óbitos pelo novo coronavírus nesta faixa etária representavam 4,8% do total. Em fevereiro, passaram a 5,2% e, em março, 7,7%. O aumento foi surpreendente nos primeiros dias de abril, que chegaram a 9,9% do total de mortos pela doença no Rio. 

Pessoas entre os 50 e 59 anos representavam, no início da pandemia, 11,8% do total de mortes. Em fevereiro deste ano, passaram a representar 11,4% e, em março, o número subiu para 15,2%. Nos primeiros dias de abril, esta faixa etária passou a representar 18,3% do total de mortos, o que representa um aumento de 54% no número de mortes pela Covid-19. 
O presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro (Arpen/RJ), Humberto Costa acredita que a única forma de diminuir a letalidade da doença é através da vacinação em massa da população. 
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"O que vem se analisando é que o vírus está afetando cada vez mais os mais jovens e diminuindo o impacto nos mais velhos, de faixas etárias que já receberam pelo menos a primeira dose da vacina. A partir deste cenário é possível sustentar que há uma queda nos registros de óbitos entre os mais velhos e um aumento significativo, e que deve ser levado em consideração entre os mais jovens, reforçando ainda mais a necessidade de políticas públicas focadas em pessoas que compreendem esta faixa etária", destaca.