Corpo da menina Emanuelly, atropelada por um ônibus, é sepultado sob comoção
Família reclama de descaso da viação Três Amigos, que prometeu ceder ônibus para levar as pessoas até o cemitério mas não cumpriu
Rio - A menina Emanuelly Vitória, de cinco anos, atropelada por um ônibus na última terça-feira, foi enterrada nesta quinta-feira (29) no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. A pequena morreu após ser atingida por um veículo da linha 685 (Irajá x Méier) quando atravessava a Avenida Pastor Martin Luther King Junior com a mãe, na altura do bairro Colégio.
Muito abalado, o avô de Emanuelly, Fernando Jorge, disse que irá processar a viação Três Amigos. E afirmou que responsáveis da empresa haviam prometido ônibus para levar os familiares até o enterro, mas não cumpriram.
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"Ficamos esperando na chuva os ônibus que eles prometeram. Isso é molecagem", reclama o avô de Emanuelly.
A menina iria completar seis anos no próximo sábado. Apesar da pandemia, o avô estava preparando uma pequena surpresa para a neta.
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Moradores da região dizem que os acidentes são frequentes porque, além de problemas na iluminação, a curva que dá acesso a Avenida Martin Luther King não tem nenhum tipo de ferramenta de diminuição de velocidade, pardais ou lombadas.
Solange Domingas, vizinha da família da menina Emanuelly, já teve o irmão acidentado no mesmo local há um mês. "Foi a mesma linha 685, e meu irmão quebrou o braço", disse a mulher.
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Em nota a Polícia Militar disse que o motorista do ônibus se apresentou de forma espontânea no 41° BPM (Irajá) e, de lá, foi escoltado até a 40ª DP (Honório Gurgel), onde o caso foi registrado. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não existe a intenção de matar, mas o autor assume o risco).
A Rio Ônibus lamentou o acidente e "está solidária à família da vítima".
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"A concessionária ressalta ainda que está contribuindo com todas as informações para a finalização da perícia. O motorista está afastado da função até definição do inquérito policial".
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