MPRJ se manifesta pela manutenção do mandado de prisão preventiva de vereador de Búzios
Lorram Gomes da Silveira é acusado de fazer parte de uma organização criminosa que vendia e falsificava alvarás no município da Região dos Lagos
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se manifestou pela manutenção do mandado de prisão preventiva, nesta quinta-feira, do vereador de Búzios Lorram Gomes da Silveira. O político é acusado de ter promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa dedicada à prática de corrupção passiva, uso de documento falso e estelionato.
Para o MPRJ, a prisão preventiva do vereador é uma forma de garantir a ordem pública por causa da gravidade dos crimes cometidos por ele. Silveira se aproveitava dos poderes políticos para vender e falsificar no município de Búzios, na Região dos Lagos.
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Na manhã desta quarta-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), cumpriu mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão nos endereços informados pelo vereador. No entanto, ele não foi encontrado e passou a ser considerado foragido da Justiça.
O MPRJ relata que, já em contato com os despachantes, dos empresários era cobrada, em média, a quantia de R$ 5 mil, além das taxas. Parte dos valores era paga diretamente ao então chefe de Gabinete do prefeito André Granado, Lorram Gomes da Silveira, para que 'agilizasse a burocracia' e emitisse os documentos de forma célere e com inobservância da ordem cronológica de conclusão. Parcela menor era cobrada pelos próprios despachantes, a título de serviços prestados.
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Com a alternância da chefia do Poder Executivo municipal e, por consequência, de todos os cargos em comissão, o então Chefe de Gabinete, diante da lucratividade da empreitada criminosa e da venda antecipada dos alvarás, alterou o esquema ilegal, e passou a emiti-los em versão falsificada. O MPRJ requereu ainda o bloqueio de bens de Lorram Gomes da Silveira no valor de cerca de R$ 9 milhões. A medida foi deferida pelo Juízo da 1° Vara da Comarca de Armação dos Búzios. Somadas, as penas previstas ultrapassam dez anos de reclusão.
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