Em 2020, dados do Detran mostram que 19,1 mil pessoas morreram ou ficaram feridas em acidentes nas ruas e estradas do Estado do Rio. Nos dois primeiros meses de 2021, 3.479 pessoas se acidentaram no estado. O total de vítimas, somente em janeiro e fevereiro deste ano, equivale a quatro aviões A-380, o maior do mundo, lotados em sua capacidade máxima.
“São muitas vidas perdidas, causando grande sofrimento a pessoas, amigos e familiares. Muitas vezes, os acidentes são causados pela falta de pequenos cuidados essenciais, como o não uso do cinto de segurança e o uso do celular ao dirigir. É imprescindível unirmos todos os esforços em prol de salvar vidas”, afirma o presidente do Detran-RJ, Adolfo Konder.
“É um mês dedicado a essas reflexões, ações e a campanhas educativas. Mas, assim como no ano passado, devemos fazer as atividades evitando a disseminação da pandemia e as aglomerações. Ou seja, o caminho é adotar ações digitais e com poucas pessoas, ampliando o alcance das mensagens por meio da mídia e das redes sociais”, completou.
Sobre o movimento 'Maio Amarelo'
A primeira edição do Maio Amarelo aconteceu em 2014, com base em uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que definiu o período entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. Maio foi escolhido por ter sido o mês em que a resolução da ONU foi publicada, na data de 11 de maio de 2011. O laço amarelo, símbolo da campanha, tem o objetivo de chamar a atenção de todos para a questão da saúde, já que os acidentes de trânsito já são considerados, também, uma epidemia da sociedade moderna.
Os últimos dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes a 2018, mostram que os acidentes de trânsito matam cada vez mais pessoas em todo o planeta. São, em média, cerca de 1,35 milhão de óbitos por ano em todo o mundo.
Estatísticas do Detran-RJ revelam que as principais vítimas do trânsito são homens jovens, entre 18 e 40 anos. Além disso, crianças e adolescentes, de 5 a 18 anos incompletos, mesmo não sendo os agentes principais do trânsito, representam cerca de 5% das vítimas a cada ano. “São dados extremamente relevantes, pois estamos falando da juventude e dos nossos filhos”, frisou Konder.