Funcionários da Viação Acari resolvem parar para cobrar atraso de salários e benefícios
Funcionários da Viação Acari resolvem parar para cobrar atraso de salários e benefíciosReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - Foi transferida para esta quarta-feira (5), às 10h, no Centro Social Esportivo dos Rodoviários, em Rocha Miranda, na Zona Norte da cidade, a assembleia convocada pela direção do Sindicato dos Rodoviários com motoristas e cobradores da Viação Acari, onde será discutido o pagamento dos salários atrasados, cesta básica, 13° e ticket alimentação devidos pela empresa.
Na sexta-feira (30), rodoviários da empresa fizeram uma paralisação para reivindicar 45 dias de salários atrasados. O sindicato destaca que já solicitou uma reunião com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) para definir como será feita a cobertura das linhas deixadas pela Acari.
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Segundo Sebastião José, presidente do Sindicato, a mudança da data atende um pedido da direção da empresa, que ficou de encaminhar uma proposta para o sindicato apresentar aos profissionais durante o encontro.
"A crise financeira que atinge o sistema de transportes urbano de passageiros é muito mais grave do que o anunciado. O fechamento da Viação Acari, segundo o contrato de concessão pública, não deveria prejudicar os usuários, já que a obrigação de colocar as linhas para funcionar é dos consórcios e não das empresas. A Viação Acari é apenas mais uma que está se somando às 12 outras empresas que já fecharam as portas nos últimos oito anos", disse.
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Sebastião explicou também que durante a assembleia será discutida a homologação das rescisões dos 600 profissionais da empresa. Com 150 ônibus na frota, a Viação Acari opera na cidade há 59 anos e faz parte dos consórcios Internorte e Transcarioca, transportando diariamente cerca de 40 mil passageiros nos trajetos entre as Zonas Norte e Sul, além do Centro da cidade.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, usou seu perfil oficial no Twitter para falar sobre a situação da Aviação Acari. Segundo ele, foi determinado aos Consórcios Intersul e Internorte que outras empresas assumissem as linhas e caso isso não aconteça imediatamente, "vamos decretar a caducidade das concessões e realizar nova licitação para definir novos operadores para essas linhas".
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Paes disse ainda que  já está estudando a colocação de operadores de forma emergencial. "Se os consórcios não tem condições de operar as linhas é melhor que desistam da concessão, simplificando a ação da prefeitura e o atendimento a população", finalizou.
A reportagem entrou em contato com a SMTR para perguntar se há alguma reunião marcada para acontecer entre o órgão e a Rio Ônibus para tratar dos atrasos nos pagamentos, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.